Gerdau acelera demissões no país em resposta à concorrência do aço chinês

Em 2023, nível de utilização de capacidade de produção de companhia ficou em 60%

Diante da demora do governo federal brasileiro em decidir adotar medidas de proteção contra as importações de aço, principalmente da China, o grupo Gerdau avaliou que o tempo se esgotou agora em fevereiro. Por isso, a maior produtora de aço no país de capital nacional começa a implementar medidas de curto prazo em suas operações e a debater internamente, durante este ano, um plano de longo prazo de suas estratégias de investimentos futuros. Esse é o recado do presidente global da companhia, Gustavo Werneck, em coletiva de imprensa para falar do balanço financeiro do quarto trimestre e de 2023, nesta quarta-feira (21).
 
Segundo o executivo, no cargo desde o início de 2018, os danos das importações à indústria do aço no país foram fortes, levando à redução de produção das empresas e de queda nos ganhos e competitividade. Werneck lembrou que a participação dos importados no consumo aparente do mercado brasileiro dobrou em 2023, na comparação com 2020. Foi a 18,4%.

No curto prazo, diz o CEO, a empresa já começa a acelerar fechamentos de capacidade e demissão de pessoas em suas unidades operacionais, buscando adequar o tamanho da Gerdau à demanda do mercado brasileiro. Com o desligamento de 100 pessoas em Pindamonhangaba (SP), na unidade que faz aços especiais, o total de cortes no país já chegam a mil, segundo o CEO. “Não é possível manter o nível de produção sem que sejam tomadas as medidas de proteção. Fevereiro era o mês limite para essa situação”, destaca o executivo. 

Conforme dados divulgados pela siderúrgica, o nível de utilização de capacidade de produção de suas operações brasileiras ficou em 60% em 2023, e isso se deve em boa parte à competição com aço importado, destaca Werneck. “O patamar saudável para o setor é de 80%”, informou.

Desde setembro do ano passado, quando as importações ganharam velocidade e atingiram volume de 5 milhões de toneladas no ano – sendo 4,4 milhões de aços acabados, onde há o confronto o produto estrangeiro, com crescimento de 40% frente a 2023 -, o Instituto Aço Brasil vem pedindo ao governo brasileiro que imponha tarifas de importação de 25%, em linha com países como México e EUA.  São seis meses de seguidas reuniões com autoridades do governo, como ministros Geraldo Alckmin, do MDIC, e Fernando Haddad, da Fazenda, sem avanços. 

Segundo apuração do IM Business, o Aço Brasil aguarda encontro com Lula, presidente da República, que vem pedindo desde o ano passado, para demonstrar ao número 1 do Planalto a importância de conter a entrada de aço estrangeiro. O setor destaca que são medidas emergenciais e que as autoridades de comércio exterior podem avaliar alternativas, como cotas de volume de importação. Em 2023, a China despejou 90 milhões de toneladas no mercado mundial – o Brasil foi o sétimo maior comprador de aço chinês. 

Segundo Werneck, as importações continuam firmes neste início de ano. Por isso, diz Rafael Japur, diretor-financeiro da Gerdau, a empresa está avaliando entrar com pedidos de ações antidumping contra aço chinês e de outros países Rússia, Coreia do Sul, Turquia), tanto em aços planos (chapas e bobinas) quanto em longos(vergalhões, perfis, fio-máquina e outros). “A decisão já foi tomada e o processo já se iniciou”, acrescenta o CEO, lembrando que é uma decisão individual das empresas. A CSN já tinha saído na frente nesse caminho, em dezembro, como informou o IM Business no início de janeiro.

Numa visão mais longo prazo – cinco a dez anos -, informou Werneck,  a empresa já debate internamente, considerando os reflexos da reforma tributária até 2032, se vai olhar mais para outras geografias na hora de investir. Por exemplo, os EUA e o México, que está aproveitando a política de nearshoring e se tornando um grande exportador ao mercado americano. “Vamos avaliar se é o caso de direcionar para esses lugares os investimentos que seriam feitos no Brasil”. Até fim do ano essa ideia será amadurecida, considerando dois movimentos: atitude do governo e comportamento das importações vindas da China.

No momento, a Gerdau tem investimentos em curso no país de R$ 8 bilhões em vários projetos. Não há decisão de paralisá-los, pois avalia-se que são estratégicos para trazer retornos à empresa no futuro, lembrou o executivo. Grande parte estão em operações localizada em Minas Gerais. “Estamos alertando não só o governo federal do problema, mas também governadores e prefeitos das dificuldades para manter níveis de empregos”. 

O CEO da empresa destacou na coletiva de imprensa que o maior impacto nos resultados da companhia no Brasil no ano passado foi a entrada de aço em grande volume da China, a preços abaixo dos custo de produção. Lembrou que vários países (México, EUA e da União Europeia) adotaram ações de proteção contra o aço chinês – alíquotas de 25% e medidas de salvaguarda. “O Brasil não teve a mesma celeridade”. 

A Gerdau informou no balanço que terminou 2023 com recuo de 16,4% na receita líquida, para R$ 68,91 bilhões, ante 2022.  O lucro líquido da companhia caiu 40,9% , ficando em R$ 6,85 bilhões. Nas operações do Brasil, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – na sigla em inglês) teve retração de 47,6% e ficou com participação de 24,5% no valor total do grupo, que foi R$ 13,5 bilhões. As operações dos EUA responderam por quase 53,5% e uso de 82% da capacidade de produção de aços laminados.  O volume total de vendas da siderúrgica registrou recuo de 4,9% no ano. 

Financeiramente, a empresa encerrou o ano com alavancagem (na relação da dívida líquida sobre o Ebitda) baixa, de 0,40 vez. O caixa da empresa fechou o ano com em R$ 5,3 bilhões. O fluxo de caixa livre em 31 de dezembro era de R$ 7 bilhões, um resultado muito bom, de acordo com Japur.

A empresa informou que seu programa de investimentos para este ano é de R$ 6 bilhões, pouco acima dos R$ 5,7 bilhões do ano passado. Metade do valor se destinará a ganho de competitividade, destacou o executivo financeiro, sendo cinco projetos com maior potencial de geração de valor.

FONTE INFO MONEY

Ação em Varginha foi ‘legítima defesa’, diz secretário de segurança de MG

Reposta foi dada após o Conselho Estadual de Direitos Humanos questionar o resultado da operação em ofício endereçado à Sejusp

O Secretário de Estado de Segurança Pública de Minas Gerais, Rogério Grecco afirmou em documento enviado ao Conselho Estadual de Direitos Humanos (Conedh) nesta quarta-feira (3), que os policiais que atuaram na ação realizada em Varginha, no Sul de Minas, no último fim de semana, que resultou na morte de 26 suspeitos de integrarem uma quadrilha fortemente armada, “agiram nos exatos limites da legítima defesa”. 

Após a operação em Varginha, o Conedh enviou um ofício à Secretaria de Justiça de Segurança Pública (Sejusp) pedindo explicações quanto ao resultado da operação. Na resposta, Grecco pontuou que as colocações feitas pelo conselho causaram estranheza. “Causa estranheza as colocações trazidas por esse  Conselho, diante da realidade deste tipo de criminalidade que está assolando o país, que ficou conhecida como Novo Cangaço, ou Domínio de Cidades”, diz o documento.

“Ao contrário do que foi exposto no referido ofício, em nenhum momento foi exaltada a morte dos criminosos que, certamente, entre a madrugada do dia 1 a 2 de novembro, praticariam uma série de atrocidades na cidade de Varginha, caso a polícia não tivesse, através de sua inteligência, levantado com antecedência seu plano de dominar brutalmente o município”, completa. 

No documento, Grecco ainda destaca que os suspeitos estavam fortemente armados com armas e munições de grosso calibre, além de granadas, pistolas e explosivos, o que pode ser considerado um arsenal de guerra.

O secretário ainda destaca que caso a ação não fosse executada, os suspeitos poderiam realizar em Varginha uma ação criminosa semelhante à que foi vista em Araçatuba, em São Paulo, em agosto deste ano, onde civis foram feitos de escudo humano. 

“Ao chegarem no local, os policiais foram imediatamente identificados pelo grupo, que deu início aos disparos com suas armas de fogo, tendo sido repelidos pelas forças de segurança, que agiram nos exatos limites da legítima defesa”, pontuou o secretário.

Provocação

No texto, o secretário estadual ainda questionou se o conselho agiu em 2017, quando o policiail militar Cabo Marcos Marques da Silva, foi morto na cidade de Santa Margarida, na região da Zona da Mara, em julho de 2017, após levar um tiro de fuzil.

“Alguma medida foi tomada por esse E. Conselho com relação ao Policial
Militar Cabo Marcos Marques da Silva, morto na cidade de Santa Margarida em julho de 2017, após tomar um tiro de fuzil quando da fuga dos criminosos que ali praticaram o Novo Cangaço? A família do referido policial foi, de alguma forma, assistida pelos senhores? Em caso positivo, qual foi a medida tomada para abreviar o sofrimento daqueles que perderam um ente querido? Queremos crer que a preocupação do Conselho não seja seletiva, e que não limite o conceito de direitos humanos somente à ação de criminosos”, diz o texto.

Conedh

Conforme noticiou O Tempo, além de enviar o ofício à Sejusp, o Conedh enviou o mesmo documento para a Ouvidoria do Estado e para o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). No texto, o conselho destacou a notícia do confronto na mídia e disse que chamou a ateção o fato de ter ocorrido um confronto altamente armado no qual uma das partes foi “totalmente eliminada”.

“Também nos surpreende o registro midiático de declarações exaltadas de agentes públicos louvando o ‘resultado’ da operação, com intuito duvidoso, como se fosse prática exitosa, regular e legítima no Estado Democrático de Direito suposta estratégia de eliminação de adversários em confrontos”, trouxe o ofício. 

Nesta quinta-feira (4), o Conedh divulgou uma nota sobre a resposta do secretário de Justiça e Segurança Pública. No texto, o conselho pontuou que as alegações “apontam a falta de fundamentos objetivos na interlocução de questão relevante e de interesse público” e que não assusta “o uso reiterado da tentativa de desqualificar o interlocutor, no caso o Conselho” e que os “argumentos com populismo penal saltam aos nossos olhos”.

“Reafirmamos a posição deste Conselho: não fazemos pré-julgamento; estamos buscando esclarecer os fatos e o fazemos em nome da sociedade e por dever de ofício e, por fim, aguardaremos as investigações dos órgãos de controles como determina a lei”, diz a nota.

MPMG

Na manhã desta quinta-feira (4), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou que foi instaurado um Procedimento Investigatório Criminal (PIC)  para acompanhar a ação das polícias militar e rodoviária federal na ação em Varginha e que o procedimento vai seguir em segredo de Justiça.

Segundo a última nota divulgada pela Polícia Civil nesta quarta-feira (3), dos 26 suspeitos mortos na ação, os corpos de 22 foram identificados, sendo que a metade deles são de Minas Gerais.

Veja a nota do Conedh na íntegra:

A resposta do Senhor Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais a este Conselho é reativa e insuficiente quanto às solicitações expressas no Ofício 80-A/2021 (do CONEDH).

As alegações apontam a falta de fundamentos objetivos na interlocução de questão relevante e de interesse público. Não nos assusta o uso reiterado da tentativa de desqualificar o interlocutor, no caso o Conselho. Argumentos com populismo penal saltam aos nossos olhos.

Reafirmamos a posição deste Conselho: não fazemos pré-julgamento; estamos buscando esclarecer os fatos e o fazemos em nome da sociedade e por dever de ofício e, por fim, aguardaremos as investigações dos órgãos de controles como determina a lei.

Reafirmamos que não há autorização constitucional e legal, no Brasil, para
qualquer tipo de execução, seja por parte de infratores, seja por parte de agentes do Estado. A segurança pública existe para proteger a vida e, em nenhuma hipótese, para promover a morte. O poder responsável pela execução da justiça se chama “judiciário”.

Esperamos que o Ministério Público, representante da sociedade e responsável pelo controle externo da atividade policial, continue nas apurações e esclareça à sociedade os fatos ocorridos.

O Conselho, serenamente, continuará cumprindo seus deveres legais e éticos.

FONTE O TEMPO

Secretário faz defesa do Governo Hélio Campos: “arvores não fazem barulho para crescer. Já os foguetes fazem barulho mas não ficam na história”, apontou

A chapa está quente em Ouro Branco. Esta semana, o Tribunal de Justiça derrubou uma Liminar, de 1º instância, determinando o efeito suspensivo de reintegração de posse de um terreno, em Carreiras, na MG 129.

A decisão foi motivada pela RECISFA (Associação dos Catadores de Material Reciclável São Francisco de Assis) que há mais de 20 anos usava um terreno para a suas atividades e sustendo de mais de 10 famílias.

A oposição foi as redes sociais comemorar a decisão do Tribunal de Justiça. Ainda ontem (18), o Secretário de Cultura, Pedro Chaves, fez uma defesa intransigente do Governo Hélio Campos (PSDB) e atacou a oposição.

Leia na íntegra

“Uma vereadora foi nas redes sociais comemorar uma decisão temporária da justiça contra o município de ouro Branco.

Assim eu respondo.

Chega a ser deprimente e desmotivante a luta por uma Ouro Branco próspera e exemplar para o Brasil, como está no seu hino.

Quando vejo relatos da história, de fogos, abraços, comemorações, espectativas por novos empregos com a chegada da Açominas….novos bairros, avenidas, moradores chegando….tudo festa.

Então Ouro Branco começa a crescer e como um coqueiro no vaso e a falta de nutriente no processo de definhamento começa.

O que são os nutrientes necessários ao desenvolvimento ordenado? Saúde, moradia, educação, emprego, segurança, ambiente.

Depois do primeiro governo do Hélio, conclusão do asfaltamento da Estrada Real, da implantação da Valemassa, da Mecânica Nunes, do projeto piloto do IFMG, da Estação de Tratamento de Esgoto, humanização e infra estrutura do Bairro São Francisco, Praça de Eventos com grandes shows etc, a cidade cai no esquecimento.

Agora, depois de muito estudo, reuniões, projetos para colocar Ouro Branco na trilha do desenvolvimento tecnológico, em uma área semi abandonada trazendo empregos, valorização da região, impostos, empregos indiretos de fornecedores, na hora de soltar novamente foguetes e dar abraços….somos surpreendidos por uma live de uma vereadora comemorando a cassação de uma reintegração de posse de um terreno do município que é resguardado pela constituição como proprietário fiel e destinado ao desenvolvimento onde uma cidade como um todo sai ganhando. Onde os impostos poderiam ser usados para melhoria cada vez maior de nossa cidade.

Aqueles que já se foram e lutaram muito para que nossa cidade chegasse a ser o que é hoje devem estar no plano de cima tristes com a cena que acabaram de ver.
Não só os que já partiram, mas o que também estão ainda por aqui. Mirem-se no exemplo daqueles que lutaram no passado pelo o que Ouro Branco é hoje.

Justiça será feita, arvores não fazem barulho para crescer. Já não acontecem o mesmo com os foguetes. Explodem sim, fazem barulho mas não ficam na história.

Quem viver!”

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Hospital Queluz contesta suposta negligência médica e salienta que morte de bebe “sugere má formação congênita”

Em resposta aos nossos questionamentos em materia postada no sábado (17), na qual o casal Amauri Souza e Kemily Stéfani, acionam a Justiça sobre suposta negligência médica na morte do filho, João Miguel, de apenas um dia, a a equipe da instituição divulgou nota em que afirma que a causa da morte ocorrida na madrugada do dia 24/12/2019, “evoluiu com cianose e parada cardiorrespiratória, sugerindo má formação congênita”.

Leia na íntegra.

Hospital Queluz / DIVULGAÇÃO

“Paciente atendida pela equipe médica do Hospital Queluz, gestante do 9° mês, submetida à cesariana sendo observado, durante o ato cirúrgico, polidrâmnio. Ao nascer, bebê apresentou choro espontâneo, sendo realizado os primeiros cuidados, evoluindo posteriormente com dispnéia discreta, recebendo assistência durante sua permanência no berçário desse hospital. Na madrugada do dia 24/12/2019, evoluiu com cianose e parada cardiorrespiratória, sugerindo má formação congênita.

Todos os procedimentos administrativos foram observados pela instituição garantindo a melhor qualidade do atendimento a todas as nossas gestantes e recém – nascidos”.

 

Equipe Hospital Queluz

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