Domingo tem Festival Queluz na Praça Tiradentes

Festival traz arte, cultura, lazer, artesanato e agricultura familiar

Hoje (21), entre 12:00 às 19:00 horas, acontece a 2ª edição do Festival Queluz que reúne gastronomia, lazer, música, cervejaria artesanal, espaço kids e agricultura familiar. O evento acontece na Praça Tiradentes dentro do encerramento do XIX Festival de Artes Cênicas (FACE). O Festival Queluz nasceu para agregar renda e oportunidades ás inúmeras entidades e associações e tem apoio de diversas empresas, prefeitura, FASAR e Associação Comercial (ACIAS).

Resultado

A primeira edição do 1° Queluz Festival aconteceu na Praça do Cristo no dia 21 de junho com um total de cerca de R$ 12 mil movimentado nas mais diversos stands. Na arrecadação para o Hospital São Camilo

foram doados dois veículos Saveiro e Doblo lotados de material de higiene e limpeza. O público estimado no evento foi de mais de 1,5 mil pessoas.

Violência urbana: Jovem espancado por três elementos no bairro Real de Queluz

Por volta das 16:40 horas, desta segunda-feira (15/07), uma ligação anônima acionou a Polícia Militar na rua Daniel Saliba, bairro Real de Queluz  em Conselheiro Lafaiete/MG, onde de acordo com o solicitante, três elementos estavam espancando um jovem na referida via.

Enquanto as Guarnições se deslocavam, foi recebida uma nova ligação, desta vez, informando que os autores e a suposta vítima fugiram ao avistarem a aproximação das viaturas na parte baixa do bairro. No local, ninguém foi encontrado, mesmo assim, foi realizada uma varredura pelas imediações, porém sem êxitos.

Queluzianos às armas! Idealizadores do Movimento Queluz lembra data em que Câmara de Queluz aderiu ao Movimento Revolucionária de 1842

Os idealizadores do Movimento Memória Viva de Queluz protocolaram nesta semana um documento sobre a Revolução Liberal de 1842, relembrando que no dia 14 de junho daquele ano a Câmara de  Queluz, através dos vereadores do Partido Liberal, assinaram um oficio ao presidente insurgente, Barão de Cocais, reconhecendo como legítimo governador no Movimento Revolucionário de 1842, episodio politico armado ocorrido na Província de Minas Gerais promovido pelo Partido Liberal, liderado pelo Deputado Provincial Teófilo Otoni.

“A Vila de Queluz” teve uma participação destacada no episódio com a Batalha de Queluz, vencida pelos insurgentes liberais que derrotaram a brigada militar dos legalistas que possuiam na época uma artilharia pesada”, destacou o pesquisador da Revolução Liberal de 1842, João Vicente.

Geraldo Castro, João Vicente e Célio Faria, idealizadores do Movimento Cultural

O texto foi lido na noite de ontem na reunião ordinária da Câmara Municipal de Conselheiro Lafaiete. Lei na íntegra.

“O Movimento Memória de Que luz está encaminhando a esta Casa um texto que ressalta a importância da participação da Câmara de Que luz ou Câmara Municipal de Conselheiro Lafaiete no episódio político armado, intitulado de Revolução Liberal de 1842, pela historiografia brasileira, ocorrido no ano de 1842. Desde já, gostaríamos de agradecer tanto os vereadores, como também os servidores da Casa pelo apreço e as parcerias dos eventos realizados em anos anteriores onde comemoramos a participação de Lafaiete, outra Que luz, no Movimento Revolucionário de 1842.

Queluziano às armas

A data de hoje 13/6 e a de amanhã, 14/6, têm um significado histórico para esta Casa Legislativa. Há exatamente 177 anos, a tropa do Capitão Marciano Pereira Brandão saiu de São Gonçalo e o Tenente-Coronel Jacob Dornellas de Catas Altas da Noruega se juntaram as tropas do Antônio Rodrigues Pereira (pai do Conselheiro Lafaiete), agruparam em frente à Câmara Municipal de Que luz e com a bancada dos vereadores liberais tomou uma decisão revolucionária ao redigir um documento que reconhecia o governo insurgente liberal e Barbacena a sua capital na Província de Minas Gerais em 1842. A chamada Revolução Liberal de 1842 foi uma resposta do Partido Liberal da época contra as medidas retrogradas do Gabinete Imperial formado pelos Deputados do Partido Conservador que impôs através de leis e decretos um retrocesso na vida política do Império, como por exemplo:

– O fechamento da Câmara dos Deputados

– O fim da autonomia das Províncias

– Mordaças no Código Civil e a Recriação do Conselho de Estado

“Não restou a nós liberais, se não as armas para barrar o avanço do retrocesso em nossa Nação” Líder do Movimento de 1842 em Minas, Deputado Teófilo Otoni.

A Revolução Liberal, ocorrida em Minas, reservou a Vila de Que luz a mais notável vitória dos insurgentes. O livro “Movimenta de 1842”, escrito pelo Cônego Marinho revela o patriotismo e o amor pela liberdade dos queluzianos na celebre Batalha de Que luz ocorrida em 26/6/1842, dia de Santana. Por último gostaríamos de deixar nossa mensagem de acreditar que um dia estas datas possam fazer parte do calendário oficial da Câmara e do Município e a Pelo Barão de Que luz, transformar no primeiro Museu Céu Aberto do Movimento Revolucionário de 1842 no Brasil, resgatando a memória do maior episódio político da nossa história: “A batalha de Que luz”. Nosso muito obrigado um abraço fraterno, João Vicente, Célio Faria e Geraldo Castro

Idealizadores do MOVIMENTO MEMÓRIA VIVA DE QUELUZ, Conselheiro Lafaiete 13 de junho de 2019

Obra de Valtinho Salgado lança luzes sobre a a tradição secular das Violas de Queluz e descortina a história do maior símbolo cultural de Lafaiete

O livro “Viola de Queluz – Família Souza/Salgado”, é um resgate histórico e contextualização cultural do instrumento que orgulha Conselheiro Lafaiete; lançamento será neste dia 15 (sábado)

Valtinho viola/Divulgação

“Seus violões tão extraordinários,

Violas que emocionam em cada parte,

Hoje bem raras, como o Stradivarius,

Compradas por mecenas, pais da arte,

Depois de expostas na Pensilvânia

Aqui e ali cresceu a sua venda,

Mas bem guardada está em coletânea

(De Queluz a viola virou lenda!)”

(Alberto Libânio Rodrigues, no livro Queluzíadas)

O escritor lafaietense Valter Braga de Souza irá lançar, no dia 15 de dezembro (sábado), 20 horas, no Solar Barão de Suassuí em Conselheiro Lafaiete, o livro Viola de Queluz – Família Souza/Salgado. Nesta obra o autor narra a história do famoso instrumento brasileiro, a Viola de Queluz, que, no século XIX e meados do século XX foi marca nacional e internacional da cultura brasileira. Duas famílias se destacaram como pioneiras desta produção em Queluz: Os Salgado e os Meireles.

Valter Salgado, como é conhecido, descortina a vida cultural em Queluz (atual Conselheiro Lafaiete) sob a ótica da Família Souza/Salgado, rica em fazedores e tocadores, inclusive na música atual. José de Souza Salgado, o patriarca da família, foi um exímio luthier e violeiros que tornou-se famoso ao tocar numa serenata em homenagem ao Imperador D. Pedro II, em 1881, por ocasião da viagem da família Imperial por Minas Gerais.

Um livro rico em informações, afetivo e reator da memória queluzense. Com participações mais que especiais, o livro reúne ases da Viola em Minas, pesquisadores e ilustradores dedicados, além de uma gama de violeiros que inebriam a cultura mineira. A edição do livro foi organizada pelos poetas Osmir Camilo Gomes e Wagner Vieira, da LESMA EDITORES.

            Venha participar desta festa da cultura mineira. Honra, louvor e glória as Violas de Queluz!

 Serviço

 Lançamento: Livro “Viola de Queluz – Família Souza Salgado”, de Valter Braga de Souza (Lesma Editores, 160 págs.)

Onde: Solar Barão de Suassuí (rua Barão de Suassuí, 106, Centro, Conselheiro Lafaiete)

Quando: dia 15 de dezembro (sábado), às 20 horas.

Informações: (31) 9 9399-2345 e 9 8582-2944

 O AUTOR

Filho de João Salgado e neto de José de Souza Salgado, Valter Braga de Souza, conhecido popularmente como Valtinho Salgado, nasceu em 1947. É músico, carnavalesco e desportista. Como músico integrou grupos de sucesso em Lafaiete como Os bemóis e Conjunto Gota D’água. Carnavalesco, foi presidente da Liga das Entidades Carnavalescas de Conselheiro Lafaiete (LECAL) e da Escola de Samba Unidos do São João. No futebol, além de já ter presidido, destaca-se com seu trabalho e dedicação ao Social Olímpico Ferroviário, um dos tradicionais clubes de futebol de nossa cidade.

Guardião do acervo histórico das Violas de Queluz da família Souza Salgado, Valter Braga de Souza mostra, neste seu primeiro livro, um belo e importante painel da nossa história a partir da mais do que famosa, Viola de Queluz.

 CHEGADA DA VIOLA AO BRASIL

O autor e o colecionador Cláudio Alexandrino/Divulgação

A viola foi um destacado instrumento no Brasil colonial, principalmente pelo seu caráter de “instrumento acompanhador”. Assim, foi sendo utilizada de variadas maneiras, seja ponteando ritmos, acompanhando estilos da cultura popular – que transita entre o sacro e profano – a viola foi se adaptando à vida social do Brasil Colônia.  Além disso, a viola era facilmente transportada e podia ser fabricada em qualquer região, pois seus fabricantes conseguiam fazer o instrumento consoante a disponibilidade de matéria prima oferecida pela natureza, bem como outros materiais do cotidiano. Inicialmente, as cordas eram feitas de tripas de animais, fibras vegetais evoluindo para cordas de arame; estas utilizadas a partir do final do século XVIII. A facilidade de transporte,  deslocamento, escoamento e comercialização da viola, são fatores que ajudaram sobremaneira para tornar o instrumento instrumento cada vez mais popular.

DEPOIMENTO SOBRE A OBRA

 “A cultura da viola em Minas Gerais vive uma época de ouro no seu registro como patrimônio imaterial, sendo tocada pelas mãos de tantos e tantos violeiros que tenho oportunidade de presenciar em meus programas de TV e rádio, e na minha lida de violeiro.

Mas sobretudo estamos num momento primordial e necessário de reconhecer e valorizar o significado das Violas de Queluz – violas que trazem a marca e a alma de Minas para a história musical e cultural de no Estado, o Brasil e com alcance internacional.

Há doze anos vou a Portugal pra encontros, shows e investigações. Este ano participamos do VIII Encontro das Violas D’ARAME e conseguimos trazer por duas vezes a Mostra Internacional das Violas D’ARAME para o Brasil. Nesse contexto o que impressiona é como nas palestras e conversas, a Viola de Queluz é sempre citada.

Seja por mim ou outros estudiosos, como o professor Manuel Moraes, profundo conhecedor dos instrumentos antigos e grande admirador da Viola de Queluz. E não poderia ser diferente! Ela marcou época e inspirou diversos artesãos espalhados por nossas Minas a construírem suas violas, sempre com algo que lembrasse a famosa Viola de Queluz. Tenho raízes de minha família Lobo Leite em Conselheiro Lafaiete, a antiga Queluz de Minas. Para mim é de uma alegria e emoção sem fim poder presenciar este interesse atual em valorizar e divulgar a história desse belíssimo instrumento.

Parabenizo por essa importante publicação, que vem fazer jus à história das Violas de Queluz para a humanidade, sobretudo pelo resgate histórico de nossa cultura violeira. Saúdo Levindo Salgado, parceiro em nossa querida São João del Rei, onde nos encontramos.  E ao escritor Valter Braga de Souza, parabéns por essa obra fundamental para se entender a viola em Minas. Que possamos divulgar esta publicação em nossas viagens mundo afora. Viva a Viola de Queluz! Chora viola!”

Chico Lobo

Violeiro, pesquisador e divulgador da cultura violeira

 DEPOIMENTO SOBRE A VIOLA

Valtinho Salgado e Pereira da Viola/Divulgação

“(…) No momento em que a viola é registrada como patrimônio imaterial da cultura de Minas Gerais, por ato do Conselho Estadual do Patrimônio Cultural, CONEP, e do IEPHA/MG, publica-se o trabalho de Valter Braga de Souza. O lançamento acontece por meio da Lesma Editores, ligada à Liga Ecológica Santa Matilde – Lesma, um dos mais importantes núcleos de ação cultural em Minas Gerais, exatamente a partir da cidade de Conselheiro Lafaiete. É uma obra que enriquece o acervo documental estabelecido pelo IEPHA/MG ao longo do processo de registro das “Violas de Minas” e divulga uma trajetória que merece ser conhecida. Valter Braga de Souza presta admirável contribuição à cultura mineira e à valorização das violas de Minas, tendo à frente aquela que se constitui em verdadeiro ícone da história”.

Angelo Osvaldo de Araújo Santos

Secretário Estadual de Cultura. Escreveu a apresentação da obra

DEPOIMENTO SOBRE A VIOLA

 “A viola é o primeiro instrumento de cordas que, digamos, ‘pegou’ no Brasil ao substituir instrumentos de sopro, mais sofisticados e elitizados. Apesar de não ser um instrumento fácil de tocar, possuindo inúmeras afinações (há pesquisadores que asseguram haver até 54 afinações distintas), a viola era relativamente fácil de ser confeccionada, pois os fabricantes utilizavam todo tipo de material disponível: a madeira do lugar para fazer o corpo do instrumento, por exemplo. Para o acordoamento utilizava-se desde tripas de animais até arame.

A viola apresenta, assim, uma impressionante diversidade no país pois temos violas em todo o Brasil e cada uma com características próprias, mediante a cultura musical e os recursos materiais disponíveis para sua fabricação. Temos, por exemplo, no Nordeste, violas feitas com madeiras mais leves, típicas daquela região; a ‘Viola de Cocho’, a ‘Pantaneira’ (da região Central do País) bem como as do Sul e Sudeste do Brasil, com destaque para São Paulo e Minas Gerais. Não dá para dizer qual a melhor madeira. Cada região produz o instrumento com características próprias.”

Carlos Felipe Horta

Professor, historiador e pesquisador cultural

QUEM FOI JOSÉ DE SOUZA SALGADO

José de Souza Salgado, o Salgado Velho/Divulgação

José de Souza Dias nasceu no dia 5 de novembro de 1858, em Queluz de Minas. Era filho de João José de Souza, nascido em 1826, e Martinha Maria de Jesus, nascida em 1833. José teve três irmãos: João, Pedro e Manoel.

Em 1875 José de Souza Salgado casou-se com Umbelina Braga. Dessa união nasceram seis filhos: Sílvia Braga de Souza (1904); Alberto Braga de Souza (1906); Maria Braga de Souza, a “Malica”, (1910); João Braga de Souza, o “João Salgado”, em 1917; Eduardo Braga de Souza, o “Eduardo Salgado”, em 1919 e José Braga de Souza (1924).

O “Salgado Velho”, como era conhecido, tornou-se o mais famoso fabricante das violas na cidade. Residia na Rua do Rosário (hoje Rua Assis Andrade) nº 476, esquina com a Rua Horácio de Queiróz, no bairro Rosário. O local é próximo do cruzamento chamado “Quatro Cantos”.

Era uma casa baixa, com três portas à frente; a primeira dava entrada para a sala da residência, a segunda era a sua oficina e a terceira dava acesso a um pequeno cômodo, onde trabalhava um preto velho, também violeiro antigo. Seu maior feito, e que marcou historicamente as Violas de Queluz foi quando tocou viola para o Imperador D. Pedro II, em 1881.

            Segundo João Dornas Filho (1902-1962), em seu livro Aspectos da Economia Colonial, a cidade de Queluz chegou a possuir 15 fábricas de violas, o instrumento preferido dos tropeiros, que as conduziam em suas viagens pelos longos serões onde enchiam a solidão com seus plangentes ponteados. Assim, fica patente a fama das “Violas de Queluz”, conhecidas em toda província e fora dela.

CARACTERÍSTICAS DA VIOLA DE QUELUZ

            Um dos principais estudiosos de violas no Brasil e um dos maiores colecionadores do instrumento, sendo boa parte desta coleção as Violas de Queluz, Cláudio Alexandrino apresenta, em seu livro Viola de Minas, as principais características da Viola de Queluz:

“(…) A viola artesanal no Brasil e, especificamente, as violas da família Souza Salgado, em Queluz, mantiveram quase inalteradas as principais características dos instrumentos portugueses, especificamente a viola toeira coimbrã preservando seu caráter popular, apenas com um toque de imaginacão cultural brasileiro numa época em que refletiam ares do barroco mineiro em sua fase mais rebuscada, o Rococó. Através de pesquisas e relatos pode-se afirmar que a viola de Queluz seguiu as mesmas características da viola toeira coimbrã.

A madeira preferencial utilizada no tampo e, algumas vezes, no fundo e lateral (costilhas) era o pinho europeu, mais resistente que o brasileiro devido ao clima frio da Europa, em contraste com o clima tropical brasileiro. O cedro era utilizado no braço (trasteira) e o jacarandá da Bahia, ou cabiúna, era utilizado na escala, no cavalete, nas cravelhas, além das marchetarias.

O corpo, ou caixa de ressonância em formato de oito com a parte de cima menor e a parte de baixo maior, era bastante acinturado (cintura estreita) e pela técnica de marchetaria eram feitas incrustações no tampo, com extrema perfeição, de lâminas de madeiras (jacarandá) que eram aplicadas em conjunto em forma de folhas, ramos, gotas, sinos, setas, losangos, círculos e outras formas num trabalho de habilidade e paciência nascido da fértil imaginação dos fabricantes.”

A “TENDA”

A oficina de José de Souza Salgado funcionava no nº 476, próximo à esquina da Rua Horácio de Queiróz. Casa baixa, com três portas à frente e um cômodo nos fundos onde o segredo da fabricação era guardado. Para completar o sustento da família, também fabricava-se caixões.

                 Com a família crescendo, a necessidade de recursos aumentava e, juntamente, com os filhos menores, José de Souza Salgado continuava com afinco a fabricação de violas (muitas por encomenda), violões, cavaquinhos e bandolins. Todo ano fazia estoque para vender no Jubileu do Senhor Bom Jesus em Congonhas do Campo; na época Congonhas era distrito de Queluz. O Jubileu acontecia na primeira quinzena de setembro e oferecia grande oportunidade de escoamento de mercadorias. Assim, as violas fabricadas em Queluz ganharam Minas e o Brasil.

FAMÍLIA SOUZA SALGADO

Descendência de Jose de Souza Salgado e Umbelina Braga

       Conselheiro Lafaiete tem uma grande tradição de famílias pioneiras e de destaque na formação e desenvolvimento da cidade. A família Souza Salgado é um desses pilares tradicionais. Família consagrada do bairro Rosário, seus membros sempre foram ligados aos ritos da Igreja Católica e à musica, principalmente de instrumentos de corda.

Em 1875, já quarentão, Jose de Souza Salgado casou-se com Umbelina Braga. No início do seculo XX nasceram os seis filhos do casal, sendo duas mulheres e quatro homens. A primogênita, Sílvia Braga de Souza, nasceu em 1904; Alberto Braga de Souza nasceu em 1906; Maria Braga de Souza, conhecida como “Malica”, nasceu em 1910; João Braga de Souza, o popular “João Salgado”, veio ao mundo em 1917; Eduardo Braga de Souza, o também famoso “Eduardo Salgado”, em 1919. Em 1924 nasceu o caçula da família Jose Braga de Souza, o “Zé Salgado”.

ANTÔNIO PERDIGÃO: O GUARDIÃO DA MEMÓRIA

Um dos grandes entusiastas e, possivelmente, o primeiro pesquisador a dar ao ciclo daS Violas de Queluz a merecida atenção em sua própria terra natal, foi o museólogo e historiador Antônio Luiz Perdigão Batista (1918-2010). Em sua coluna Panorama do Passado, que mantinha semanalmente no Jornal Panorama, de Conselheiro Lafaiete, ele narrava fatos e situações de destaque e interesse sociocultural da antiga Queluz e atual município de Conselheiro Lafaiete.

Pensador e catalizador das tendências históricas, Antônio Perdigão sempre foi enfático ao difundir e exaltar a relevância das Violas de Queluz como símbolo cultural da cidade. Sobre a origem do mito das Violas em Queluz, o museólogo coletava documentação, sistematizava informações, colecionava exemplares do instrumento construindo um autêntico arquivo regional. Seu trabalho constituiu um elo entre passado e presente.

 

Viola de Queluz é referenciada na TV Horizonte

Viola de Queluz na TV Horizonte/Divulgação

Tarde cultural de muita luz. Estivemos fazendo a apresentação do livro Viola de Queluz, de autoria do lafaietense Valter Braga de Souza, na TV HORIZONTE, da Rede Catedral em Belo Horizonte. O violeiro e cantador Chico Lobo, apresentador do Viola Brasil  foi muito feliz ao reverenciar a importância internacional da Viola de Queluz. Participaram do programa, que vai ao ar neste sábado próximo, o autor e músico Valter Braga, os poetas Osmir Camilo e Wagner Vieira (Lesma Editores) e os violeiros e cantadores Davi da Viola e Dias da Viola. Todos juntos representaram a arte e a cultura de Conselheiro Lafaiete com muita emoção. Conhecedor da região e amante da viola, Chico Lobo, natural de São João del Rey, estará já enviando para Portugal dois livros autografados. Um para o seu parceiro Pedro Mestre e o outro para o pesquisador Professor Manuel Morais. É um livro novo, rico e temporal que alça voos levando Queluz no nome e Lafaiete no coração. Palavras de Chico Lobo:

Sobre as violas de Queluz

                A cultura da viola em Minas Gerais vive uma época de ouro no seu registro  como patrimônio imaterial, sendo tocada pelas mãos de tantos e tantos violeiros, que tenho oportunidade de presenciar em meus programas de tv e rádio e na minha lida de violeiro.

                Mas sobretudo estamos num momento primordial e necessário de reconhecer e valorizar a importância das Violas de Queluz, a viola que trás a marca e a alma de Minas, para a história musical e cultural de Minas, do Brasil e do mundo.

                Há doze anos vou a Portugal pra encontros, shows, e investigações. Estamos indo agora em 2018, para o VIII Encontro das Violas D’ARAME e conseguimos trazer por duas vezes a Mostra Internacional das Violas D’ARAME para o Brasil e é impressionante como sempre nas palestras e nas conversas, a Viola de Queluz é sempre citada.

                Seja por mim, ou pelos estudiosos, como o Professor Manuel Moraes, profundo conhecedor dos instrumentos antigos e grande admirador da Viola de Queluz. E não poderia ser diferente! Ela marcou época e inspirou diversos artesãos espalhados por nossas Minas a construírem suas violas, sempre com algo que lembrasse a famosa Viola de Queluz. Tenho raízes de minha família Lobo Leite e em Conselheiro Lafaiete, a antiga Queluz de Minas. Para mim é de uma alegria e emoção sem fim poder presenciar esse interesse atual em valorizar e divulgar a história desse belíssimo instrumento.

              Parabenizo por essa importante publicação, que vem fazer jus a importância das Violas de Queluz para a humanidade e pelo resgate histórico de nossa cultura da viola. Saúdo Levindo Salgado, parceiro em nossa querida São João del Rei, onde nos encontramos.  E ao escritor, Valter Braga de Souza, parabéns por essa obra fundamental para se entender a viola em Minas. Que possamos divulgar essa publicação em nossas viagens mundo afora. Viva a Viola de Queluz, chora viola!”

( Chico Lobo)

Memória: Batalha de Queluz comemora 176 anos da Revolução Liberal de 1842

26 de julho de 1842. Nos arredores do adro da Matriz de Nossa Senhora da Conceição travou-se a principal batalha do Movimento de 1842 na Província de Minas Gerais, vencida pelos insurgentes liberais contra os legalistas.

A Batalha de Queluz,  que fez ontem, dia 26, 176 anos, é um episódio marcante da história política de Minas e do Brasil que continua  ainda desconhecido pela maioria da população lafaietense.

Um breve relato histórico

O Movimento de 1842, conhecido pela historiografia como Revolução Liberal, foi uma reação contra o domínio conservador com aprovação de suas leis regressistas, como a restauração do Conselho de Estado e a Reforma do Código de Processo Criminal, juntamente com a dissolução da Câmara dos Deputados eleita em 1840 e teve como polos principais dos revolucionários a Província de Minas e a de São Paulo. Em Minas, após vários combates e batalhas, o movimento foi finalmente sufocado na Batalha de Santa Luzia, em que as tropas imperiais tiveram como comandante o general Barão de Caxias.

Ao lado de Teófilo Otoni, Cônego Marinho foi um dos mentores dessa revolução na província mineira. Queluzianos ilustres fizeram parte deste movimento onde destacamos:  Antonio Rodrigues Pereira, Jacob Dornellas, Antão Fernandes, Padre Francisco Pereira de Assis e umas grandes figuras emblemática do movimento de 1842, o Capitão Marciano Pereira Brandão, estrategista da Batalha de Queluz, vencida pelos queluzianos liberais.

Litografia de Queluz de 1842 – Tropa legalista chegando em Queluz no alto da Capela de Santo Antonio/Reprodução

O último Alvitre

Queluz, hoje Conselheiro Lafaiete, teve uma presença marcante no Movimento de 1842, dando do ponto de vista militar e econômico (fazendeiros ricos da região custeavam o movimento e colocavam seus escravos,familiares para engrossar as tropas, além das tropas da G.N.) como também pela sua localização estratégica já que a Vila de Queluz ficava a 50 km da capital da Província,  a cidade de Ouro Preto.

Nos dias que antecederam a Batalha de Queluz, os insurgentes liberais se encontravam reunidos em um grande Conselho em Santo Amaro (Queluzito) debatendo sobre o assalto ou não a Queluz que estava sobre o poder dos legalistas. É nesse momento que entra a figura do Capitão Marciano Pereira Brandão apresentando sua proposta de ocupação de Queluz descrito no livro do Cônego Marinho desta forma:

“Celebrou-se em Santo Amaro um Conselho, a que assistira Galvão, Alvarenga, Dr. Melo Franco, e Otoni, no qual se tratou do que conviria fazer: se atacar a Vila de Queluz, ou se deixando-a à direita, procurar-se Sabará, ponto que o presidente interino, desde que partira de São João del-Rei, mostrava desejos de ocupar. Foi então que o capitão Marciano Pereira Brandão, chamado a dar o seu parecer como um dos mais conhecedores das localidades, fez ver com admirável tino a facilidade com que se poderia tomar a Vila de Queluz; pois que sendo de presumir que os legalistas, lembrados de que Galvão com cento e cinquenta insurgentes havia, no dia 4 de julho, repelido dessa mesma posição mais de seiscentos legalistas, dirigidos pelo próprio comandante das Armas, julgariam inexpugnável a vila, e nela se encerrariam.Propôs ele, então, que se lhe confiassem duzentos homens, com os quais iria naquela mesma noite, sem que o pressentissem os legalistas, ocupar as estradas de Ouro Preto, Congonhas e Suaçuí; que no dia seguinte (25) fosse uma das colunas acampar defronte à vila, na estrada do Rio de Janeiro, e a outra na de Itaverava, as quais deviam ir sucessivamente apertando o cerco até que os legalistas se concentrassem todos na povoação, caso em que lhes seriam tomadas as fontes, e eles, obrigados pela sede, entregar-se-iam à discrição. Este plano defendido com entusiasmo por Otoni foi unanimemente adotado”!.

Capa do convite da Sessão Solene realizada na Câmara dos Vereadores em Lafaiete em 2012 em homenagem de Queluz no Movimento de 1842 na Província de Minas Gerais/Reprodução

Essa estratégia do Capitão Marciano Pereira Brandão foi aplicada e sob o comando do Comandante Galvão Nunes, os liberais de Queluz derrotaram fragorosamente as tropas dos legalistas que possuíam armamentos de artilharia mais pesados que dos insurgentes.

Vale ressaltar, que o próprio Galvão, não confiava no plano do Capitão Marciano e mais uma vez, Teofilo Otoni, principal líder do movimento em Minas, deu a seguinte ordem ao comandante Galvão:  “Dada esta ordem, cruzou o venerável velho  Galvão os braços, e disse: “V. Exa. quer que se ataque Queluz? Pois ataque-se Queluz; mas eu não respondo pelo resultado”’. Ao que acudiu prontamente Otoni: “Respondo eu, porque o Sr. Galvão vai à frente do exército”.

(História do movimento político que no ano de 1842 teve lugar na Província de Minas Gerais.-1844- Marinho)

Na manhã do dia 27 de julho, o adro da Matriz Nossa Senhora da Conceição estava sobre o controle dos insurgentes liberais, Queluz é retomada. A Batalha de Queluz abria caminho para tomar de assalto a capital, Ouro Preto. A vitória que obtiveram em Queluz em 26 de julho de 1842 acendeu a chama revolucionária.

O Conselho Militar do Movimento se reúne novamente em Queluz para decidir o que fazer. A notícia da vinda das tropas de Caxias para pacificar Minas a qualquer custo faz os revolucionários liberais desistirem de atacar Ouro Preto e a evacuarão Queluz. Divergências começam a dividi-los e começaram a dirigem para o leste e conquistam, com pouca luta, Sabará, em 13 de agosto.

Aí procuram negociar uma rendição condicional que não foi aceita. Inseguros, os revolucionários procuram concentrar-se no arraial de Santa Luzia que proporcionava, por sua posição numa serra, o controle de vistas e tiros sobre os seus acessos, além de apoiar um de seus flancos no rio das Velhas. Em 20 de agosto teve lugar o memorável combate de Santa Luzia vencido com dificuldades pelas forças legais que ali fizeram frente a 3.300 revolucionários, que souberam tirar grande partido tático das excelentes condições defensivas oferecidas pelo terreno.

Com a vitória de Caxias, em Santa Luzia, teve fim a revolta dos liberais que durou dois meses e dez dias, e que causou sérias preocupações à Corte por sua maior consistência militar e os conflitos políticos locais que gerou ódio e violência.

Um exemplo foi o Capitão Marciano Pereira Brandão, após a derrota para as tropas do governo, transferiu-se para a região da nascente do rio Paraíba, primeiramente para a Serra do Salitre, fixando-se depois na fazenda Campo Alegre, em Sant’Ana de Patos. Onde está enterrado.

  • João Vicente Gomes-professor e historiador

Violas de Queluz: vereador Darcy homenageia o maior símbolo cultura de Lafaiete

Vereador Darcy / CORREIO DE MINAS

O Dia das Violas de Queluz não passou sem uma referência durante a reunião da Câmara de Lafaiete ontem a noite.

O Presidente da Casa, o vereador Darcy da Barreira (SD) usou a tribuna para lembrar a data do maior símbolo cultural da cidade a ser comemorada no próximo dia 29, registra o valor do instrumento na história local. A lei foi criada em 2009 pelos vereadores José Ricardo Siio (Zezé do Salão) e Aluisio de Melo.

O vereador fez um discursou lembrando a importância das violas que nos séculos XIX e inicio do século XX eram fabricadas em oficinas das famílias Meireles e Salgado. Darcy prestou sua homenagem aos músicos Zelito Coringa e Rogério de Castro , autores da musica ” Violas de Queluz” , publicada na antologia ” Lafaiete em verso e prosa” , livro que zelito participou a convite da poeta lafaietense Janice Reis Moraes.

O violeiro Rogério de Castro é professor de viola em Conselheiro Lafaiete e Santana dos Montes e faz parte do grupo Viola Inviolada. Através desses músicos, o vereador Darcy saúda a todos os violeiros.

Vale ressaltar ainda que as violas de Queluz foi o  tema escolhido pelo secretario de cultura Geraldo Lafaiete para o  desfile 7 de setembro de 2017.

A história

A data é uma referência às raízes da riqueza cultural quando em 29 de março de 1881 o imperador Dom Pedro II visitou antiga Queluz de Minas e se encantou com som que o instrumento produzia. 137 anos depois a história está preservada e Lafaiete mantém viva uma de suas mais importantes e originais tradições que levou o nome da cidade além dos continentes.

 

Ao apreender dirigir, mulher perde controle, capota, cai em ribanceira, tem corpo lançado para fora do veículo e morre

 

Nos primeiros minutos deste sábado, as equipes de Bombeiros Militares de Conselheiro Lafaiete foram acionadas pela Polícia Militar a comparecer à Rua Laís Francisco, no bairro Real de Queluz, onde segundo informações havia  um acidente com duas vítimas envolvidas.

Tratava-se do veículo Ecosport de placa FTY 3967 que era conduzido por uma mulher de 48 anos, inabilitada, que segundo informações adentrou o veículo na companhia do filho de 22 anos para aprender a dirigir, quando perdeu o controle direcional e em um trecho de declive da rua veio a cair em uma ribanceira capotando por diversas vezes vindo seu corpo a ser ejetado para fora do veículo a uma altura aproximada de 20m da via pública.

No local já se encontrava também uma ambulância do SAMU que prestava o resgate ao jovem de 22 anos que apresentava ferimentos nos braços e  nas pernas sendo imobilizado e conduzido ao hospital . Já a mulher de 48 anos,  seu corpo se encontrava para fora do veículo sendo verificado o óbito

Os Bombeiros Militares com técnicas de rapel e salvamento em altura efetuaram a retirada do corpo e o encaminharam a uma  funerária de  Lafaiete. No local compareceu também a polícia civil que adotou as demais providências bem como a polícia militar com as medidas cabiveis.

O guincho iria retirar o veículo na manhã de ontem devido a visibilidade e a dificuldade de acessar o veículo

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