29 de março de 2024 01:43

Secretário sinaliza possível retomada do hospital regional, mas antecipa que funcionamento é inviável pelo Estado

Quase 20 dia do acordo bilionário entre Val e o Governo do Estado pela tragédia do rompimento da Barragem Córrego do Feijão, em Brumadinho, nossa reportagem entrevistou o Secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, sobre a possibilidade de inclusão do Hospital Regional de Lafaiete estar no rol de obras previstas no montante de R$37 bi de reparação pela tragéia.

Em março de 2020, o Secretário, em encontro com os Prefeitos da região, durante encontro da Amalpa, antecipou a possibilidade de término das obras do “elefante branco”, com recursos do acordo. Também o Governador Zema (NOVO) também anunciou a previsão de conclusão do hospital.

Secretario de Estado se comprometeu a usar recursos das tragédias da Vale em obra do hospital regional em Lafaiete / ARQUIVO

Secretário

A retomada das obras dos hospitais regionais, incluindo o de Conselheiro Lafaiete, está entre as pautas prioritárias do Governo de Minas. A Secretaria de Estado (SES-MG) está em negociação com a Vale S.A, por meio de um acordo judicial, para reparação e compensação dos impactos diretos e indiretos do rompimento da barragem de Brumadinho. Dessa forma, como compensação ao desastre, um dos projetos propostos pelo Governo de Minas Gerais é a conclusão do Hospital Regional de Conselheiro Lafaiete”, confirmou Carlos Eduardo a nossa reportagem.

Porém ele alertou de entraves jurídicas e administrativos. “Para retomada das obras do Hospital Regional de Conselheiro Lafaiete ainda se faz necessário solucionar algumas regularizações jurídicas e administrativas, além de realizar alguns estudos diagnósticos e de viabilidade do empreendimento. A previsão é de que aconteça ainda este ano, no entanto, alguns trâmites dependem de outros atores, não apenas da Secretaria de Estado de Saúde, incluindo o município e outros órgãos. Desta forma, não podemos ainda apontar uma data específica de previsão de início e término da retomada das obras”, pontuou.

Obra atravessa mais de uma década e se transformou em símbolo do desperdício de dinheiro público/;ARQUIVO

“Ainda não se tem um valor detalhado de quanto custará a conclusão das obras. No momento, está sendo realizado um processo de diagnóstico das obras que estavam paralisadas para determinar com precisão o valor necessário para conclusão do Hospital”, enfatizou.

Inviável

E finalizou. “No entanto, considerando o Decreto de Calamidade e estudos internos de viabilidade orçamentária e sustentabilidade financeira realizados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais concluiu-se que, no momento, a operacionalização de um hospital público estadual é inviável para o estado sem que se tenha impactos significativos nas demais políticas de saúde do estado. Desta maneira, a Secretaria de Estado de Saúde vem idealizando alternativas que busquem a viabilidade da operacionalização do empreendimento de maneira sustentável sem afetar as demais políticas de saúde do estado”.

Auditoria

O secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, em entrevista à Rádio CBN Juiz de Fora, revelou que o Estado está contratando uma auditoria para avaliar o nível em que se encontram os seis hospitais regionais de Minas Gerais, responsáveis pela geração de cerca de 1.200 leitos. Finda a auditoria, o Governo espera ter noção exata sobre o que será possível fazer para retomada das obras. Como tem um convênio, o hospital de Governador Valadares é o que está mais avançado, e deve ser recuperado a partir de abril. O de Juiz de Fora, com a participação do DEER, também deve ter suas obras reiniciadas no curto prazo.

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