Acordo entre MP e Anglo American vai restaurar estátua de Juquinha, na Serra do Cipó

Estátua fica em terreno da mineradora na Serra do Cipó. Trabalho inclui sinalização da área e instalação de câmeras e deverá custar cerca de R$ 400 mil

Boa notícia! A estátua do Juquinha, na Serra do Cipó, será finalmente restaurada. Depois de anos sem manutenção, sofrendo com a inevitável degradação imposta pelo tempo, a obra, que é um símbolo da mineiridade, vai passar por uma revitalização. O trabalho será possível graças a um acordo que será firmado essa semana entre o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Anglo American, mineradora proprietária do terreno onde está instalada a estátua.

Além da restauração do monumento propriamente dito, serão feitas melhorias na sinalização e segurança para o simpático ermitão de pedra que dá boas vindas a quem chega na Serra do Cipó.

De acordo com informações do MPMG, o custo total das obras pode chegar a R$ 400 mil. Mas não há um teto de gastos. O plano de trabalho inclui a restauração, instalação e operação de câmeras de monitoramento remoto 24h por dia ao custo de até R$100 mil, além de instalação de sinalização indicativa com placas orientativas e implementação de planos de ações para educação socioambiental.

Nossa estratégia foi procurar a quem caberia a responsabilidade pela preservação e restauro da obra. Como o terreno é da mineradora Anglo American, essa responsabilidade recai sobre eles”, disse o coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (CAOMA), Carlos Eduardo Ferreira Pinto.

“Existe uma jurisprudência do TJMG que diz que a restauração de bens culturais é do dono do terreno. Se alguém é proprietário de um terreno que tem um bem, ele é responsável pela sua preservação, ainda que os danos de depredações e vandalismo não tenham sido causadas pelo proprietário”, reforçou o promotor de justiça da Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça de Meio Ambiente das Bacias dos Rios das Velhas e Paraopeba, Lucas Pardini Gonçalves.

A estátua fica no alto das montanhas da região do município de Santana do Riacho conhecida como Alto Palácio, a cerca de 110 metros das margens da rodovia MG-010, na altura do KM 117. Foi construída em homenagem ao eremita que era muito querido na região, sob encomenda dos prefeitos de Conceição do Mato Dentro e de Morro do Pilar, em 1987, três anos após a morte do andarilho. A construção em ferragens e cimento, com três metros de altura, foi esculpida pela artista plástica Virgínia Ferreira. O Juquinha é uma das obras mais fotografadas de Minas Gerais.

Sem o dedão da mão direita e fenda numa das pernas

A escultura do Juquinha já perdeu o dedão da mão direita; uma fenda se abriu em uma das pernas, enquanto as beiradas do chapéu se quebraram. Nos braços, há buracos com mais de um dedo de largura e profundidade. O paletó também exibe avarias e trincas. A superfície da obra de arte está tomada por trincas e rachaduras. Em algumas partes dos braços e pernas, os vergalhões de aço que dão forma à estrutura já estão expostos e enferrujando.

O último ataque de pichadores ocorreu em 17 de junho de 2023. As costas da imagem foram riscadas com uma caneta roxa, tendo sofrido também o mesmo tipo de vandalismo as pedras do calçamento no caminho para o monumento e a portaria de entrada para o restaurante que funciona ao lado.

Artista sugere intervenções a cada 5 anos

Virgínia Ferreira, artista plástica que eternizou o Juquinha, estima que a sua obra precise receber manutenção e uma reforma a cada 5 anos para ser preservada. Isso devido à obra ser muito exposta às intempéries. “Ele está em uma área de muita variação de temperatura. Ao mesmo tempo que tem neblina, vem o sol, passa um pouco e está chovendo, vem neblina de novo, muito vento, e isso tudo promove a degradação da estátua. Umidade, temperatura. Isso promove dilatações que agridem o cimento e a ferragem”, explicou Virgínia.

 

FONTE ITATIAIA

Prefeitura diz que não há risco de barragem se romper com potencial de afetar escola

O rompimento, que atingiria a escola, é uma projeção feita pela Vale num cenário em condições extremas.

A Prefeitura afirmou, nesta sexta (15/3), em nota, que não procede a informação de que haveria risco de rompimento da barragem de Cata Branca com potencial de afetar a Escola Municipal Laura Queiroz.

A Prefeitura, no entanto, sabe que os riscos não são de 0%, mas, de fato, são remotos. Caso fosse impossível tal tragédia, não estaria inclusa nas projeções da Vale – tendo como perspectiva um estouro dessa barragem (em condições extremas).

Com a nota, o Município tenta tranquilizar a população e os profissionais da Educação da escola (onde estudam centenas de crianças). Profissionais esses que há tempos pedem o remanejamento dos alunos da Laura Queiroz por causa da quantidade enorme de poeira que vem da Siderúrgica Itabirito. Com as informações sobre barragem, os ânimos na instituição de ensino ficaram ainda mais acirrados.

A remota probabilidade de rompimento faz parte de uma projeção extremada divulgada em 1ª mão pelo Radar Geral apresentada aos profissionais da escola pela Defesa Civil Municipal e pela Vale (dona da barragem em questão). Estudos desse tipo têm como base um cenário de possibilidade longínqua, com a barragem na capacidade máxima (hoje está com um terço daquilo que comporta) e com muita chuva.

A Prefeitura de Itabirito esclarece que não procede a informação de que há risco de rompimento de barragem com potencial de afetar as instalações da escola.

Na verdade, a partir de abril, a mineradora Vale realizará Intervenções para descaracterização de um dique localizado na Mina de Cata Branca. A estrutura, que não é utilizada no processo produtivo, tem documentação regular e não apresenta nível de emergência.

A descaracterização, que será realizada a fim de atender à legislação atual, eliminará qualquer possibilidade de transtornos futuros em caso de chuvas recordes.

Por fim, a Prefeitura esclarece que, por meio da Defesa Civil Municipal, monitora em tempo real a situação do local a fim de garantir transparência e conforto à população.

Na nota, no entanto, a Prefeitura não fala a respeito do treinamento de evacuação ao qual a população (na escola, na siderúrgica, além dos moradores locais) será submetida como treinamento em caso de a barragem se romper em meio a um cenário hipotético e catastrófico.

 

FONTE RADAR GERAL

MINAS SEM FOME: Projeto vai arrecadar latinhas de alumínio em 12 municípios do Vale do Paraopeba, com renda revertida em cestas básicas para famílias com insuficiência alimentar

Projeto vai arrecadar latinhas de alumínio em 12 municípios do Vale do Paraopeba, com renda revertida em cestas básicas para famílias com insuficiência alimentar

Contribuir para o combate à insuficiência alimentar e para a preservação do meio ambiente, buscando a conscientização da sociedade sobre a importância da reciclagem, com o envolvimento de escolas, do comércio local e comunidade em geral. Esse é o objetivo do Programa Minas sem Fome, que deverá ser implantado em 12 municípios mineiros que compõem o Vale do Paraopeba, a partir do mês de abril.

O Programa de Auxílio ao Combate à Insuficiência Alimentar do Vale do Paraopeba prevê auxílio a famílias em extrema pobreza. A ação contará com instalação de containers em pontos estratégicos dos municípios para coleta das latinhas, que  posteriormente serão vendidas para instituições que tratam e condensam o material em fardos de alumínio.

Os valores arrecadados com a venda dos fardos serão utilizados para a compra de cestas básicas, mensalmente distribuídas às famílias carentes. Estão programadas ainda palestras e blitzes de trânsito para divulgar a ação e também conscientizar o público sobre a importância da reciclagem e preservação do meio ambiente.

Apresentação e parcerias

Patrícia Pacheco, da Promo Produtora, responsável pela execução do programa, explica que a implementação do Minas sem Fome está prevista para os meses de abril e maio. ”Estamos em fase de apresentação do projeto junto aos municípios e de solicitação de apoio às prefeituras e associações comunitárias, para instalação dos pontos de coleta em escolas, praças e comércios”, afirma.

Segundo Patrícia Pacheco, Betim e Esmeraldas serão as primeiras cidades a receber o programa, que será executado durante 12 meses. Prosseguimos nas reuniões com os demais municípios”, completa.

Os municípios onde o programa está sendo apresentado são Betim, Brumadinho, Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Esmeraldas, Ibirité, Igarapé, Mário Campos, Mateus Leme, Ouro Branco, Sarzedo e São Joaquim de Bicas.

O Programa de Auxílio ao Combate à Insuficiência Alimentar é realizado com recurso destinado pelo Comitê Gestor do Dano Moral Coletivo, pago a título de indenização social pelo rompimento da Barragem em Brumadinho.

Itabirito sedia a emocionante Copa Internacional Chaoyang Estrada Real 2024

Itabirito, na Região Central de Minas Gerais, se prepara para receber um dos eventos mais esperados do calendário esportivo: a Copa Internacional Chaoyang Estrada Real 2024. Nos dias 29, 30 e 31 de março de 2024, ciclistas de todo o mundo se reunirão no Alto do Cristo para competir em um cenário deslumbrante.

A competição, que promete ser um espetáculo de habilidade e resistência, está com inscrições abertas e é gratuita para os atletas locais de Itabirito. Com vagas limitadas a 100 participantes, os interessados devem se apressar para garantir um lugar nesse desafio incrível.

Para mais informações e inscrições, os atletas podem acessar o aplicativo Conecta Itabirito ou entrar em contato pelo telefone (31) 3563-1956. Não perca a chance de fazer parte dessa festa do esporte e da comunidade!

 

FONTE AGITO MAIS

Prefeitura realiza pesquisa para criação dos planos Diretor, de Desenvolvimento Sustentável e de Mobilidade Urbana

Os moradores de Congonhas podem participar da consulta pública do Plano Integra que prevê a elaboração dos planos Diretor e de Desenvolvimento Sustentável e Mobilidade Urbana do município, que é um conjunto de diretrizes que deverão ser seguidas pela Prefeitura nos próximos 10 anos.

O formulário pode ser acessado na plataforma do Programa Integra disponível no site da Prefeitura ou pelo link abaixo. A consulta pública tem por objetivo acolher a opinião e sugestões  da população sobre diversos temas tais como atendimentos de serviços públicos, como saúde, educação e assistência social, além de informações de acesso à infraestrutura urbana, saneamento básico e transporte coletivo.

O Programa de Planejamento Integrado de Congonhas (Integra) foi lançado em fevereiro com objetivo de garantir um crescimento organizado e sustentável, menos dependente da mineração e com respeito aos moradores e ao patrimônio histórico e cultural da cidade. O projeto está sendo desenvolvido em parceria com a ONU-Habitat que é uma agência especializada em urbanização sustentável e que será responsável pela revisão do Plano Diretor e pela elaboração do Plano de Mobilidade. E também com o apoio da Fundação Dom Cabral (FDC) que fornecerá apoio técnico na elaboração do Plano de Desenvolvimento Sustentável na busca pela diversificação econômica,  inclusão social, potencialização do turismo, cultura e do patrimônio histórico e a proteção ambiental e equilibrada de modo a atrair novos e diferentes investimentos.

Link da pesquisa:

FORMULÁRIO PARA O CIDADÃO

FORMULÁRIO PARA O EMPREENDEDOR 

Reportagem/Foto: Reinaldo Silva

Michel Nicolau, Presidente da Associação comunitária do Bairro Siderurgia, em Ouro Branco (MG), deixa uma reflexão

Relação de Poderes: Uma Reflexão sobre a Gestão Comunitária
Neste vídeo, compartilharei um pouco da minha visão após quatro anos à frente da Associação do Bairro Siderurgia. Reconheço que o tema pode ser controverso e não agradar a todos, mas considero relevante expressar minha opinião sobre o assunto.
A busca pelo equilíbrio entre os poderes é fundamental para proporcionar uma melhor qualidade de vida e bem-estar aos moradores. Durante esse período, dediquei-me a diversas abordagens visando implementar melhorias na no Bairro Siderurgia. Foram elaborados mais de 100 protocolos e ofícios entregues à prefeitura, acompanhados de fotos, apresentando solicitações muitas vezes simples e de fácil execução.
O objetivo era contribuir para uma gestão mais eficiente do poder executivo, transmitindo as reais necessidades do bairro. Cientes de que o executivo atende a vários bairros, cada um com suas próprias demandas, tentamos, através da união das associações de diferentes localidades, desenvolver um trabalho planejado. Infelizmente, esse projeto não avançou devido à falta de apoio e interesse do poder público, reforçando a importância de que a união faz a força.


O respaldo do poder legislativo à associação comunitária também é de extrema importância, pois permite direcionar com maior precisão ao executivo onde aplicar as políticas públicas e assegurar os direitos dos cidadãos.
Alguns exemplos ilustram essas necessidades:
• A rua Cosin, cuja falta de bueiros causa alagamentos há mais de 20 anos. Em 2021, apresentamos um ofício com assinaturas dos moradores, solicitando uma solução que até hoje não foi implementada.
• A Av. Consider enfrenta um problema semelhante, também relacionado à falta de bueiros.
• A rua Guaira passou por uma manutenção nos dutos da rede pluvial, resultando em deformidades. Mesmo com solicitações formais, a situação persiste, prejudicando os moradores.
• A manutenção e revitalização das praças do bairro são negligenciadas. Projetos e solicitações foram oferecidos, mas até o momento nada foi feito. As praças desempenham um papel vital na vida da comunidade, promovendo qualidade de vida e interação social.
• A limpeza e coleta do lixo também são problemas persistentes que demandam atenção, afetando diretamente a saúde pública.
• A falta de muitos medicamentos básicos na farmácia da prefeitura também é um problema recorrente.
Em resumo, percebo a importância do alinhamento entre os poderes, associações e a comunidade. Não basta ter grandes projetos; é essencial ter um olhar para as questões menores, para as necessidades básicas que afetam o dia a dia dos moradores.
Esta é minha opinião, tanto como morador quanto presidente da Associação do Bairro Siderurgia, e reflete uma análise do estado atual da nossa comunidade. Percebo com urgência a necessidade do alinhamento entre os poderes e o reconhecimento do valor das associações, sendo crucial que a vontade dos moradores seja a orientação a ser seguida!
E você que vai assumir a presidência do Bairro Siderurgia? Como pretende estabelecer parcerias colaborativas com o poder executivo e legislativo para garantir a implementação eficaz de projetos e soluções que atendam às necessidades da comunidade?
Grande abraço, Michel Nicolau!

Distrito Industrial de São Brás do Suaçuí já é realidade: previsão de mais de 400 empregos diretos no município

O anseio por oportunidades de emprego qualificado em São Brás do Suaçuí motivou a Administração do prefeito Geraldino (Duguinho) a iniciar um projeto ambicioso: o Distrito Industrial. Identificando a crescente demanda por empregos, a gestão municipal canalizou ideias em direção à concretização desse sonho.

Após um período dedicado a estudos e análises, incluindo a seleção do local ideal, o projeto tomou forma. No final de 2023, os primeiros processos licitatórios foram realizados, abrindo portas para empresas interessadas. A primeira vencedora foi a Real Power, especializada na manutenção de motores elétricos, e que já está em processo de instalação no local, promovendo a geração de empregos na cidade. O Proprietário da Real Power, Nilo Resende, trocou Conselheiro Lafaiete por São Brás do Suaçuí pela estrutura oferecida. A empresa, especializada em manutenção elétrica industrial, já está finalizando a construção de seu galpão de mais de 2.300 m² às margens da MG 383. A empresa inicia operação até abril, com previsão de gerar ao longo de 2024 cerca de 70 empregos diretos. “Acreditamos no projeto que é bem estruturado e sustentável sem, contudo, interferir na vida pacata e tranquila da cidade. Vamos, juntos, crescer com São Brás do Suaçuí”, disse o empresário.

Enquanto isso, a Administração Municipal aguarda a licença do Instituto Estadual de Florestas (IEF) para a supressão da vegetação, a limpeza da área e a abertura das vias, preparando o terreno para que as outras empresas já possam se instalar no local. “O Distrito Industrial representa não apenas um empreendimento econômico, mas também a realização de um projeto coletivo que impulsionará o desenvolvimento local e proporcionará oportunidades duradouras para todos”, destaca o Prefeito Geraldino Pacheco de Oliveira Filho (Duguinho). A previsão é que, após todas as industrias operando no local, mais de 400 emprego sejam gerados de forma direta.

 

Pedreira desrespeita população, ameaça meio ambiente e coloca em risco nascentes

Pedreira Irmãos Machado LTDA. pressiona e desrespeita população e o meio ambiente com pedido de servidão mineral em Amarantina, distrito de Ouro Preto, gerando riscos para moradores e nascentes de rios. 

A Pedreira Irmãos Machado LTDA. tem desconsiderado a população de Amarantina, distrito de Ouro Preto, ao dar entrada em um pedido de servidão mineral. A situação gera grande risco ambiental e para a população, pois põe em risco muitas casas e também nascentes de rios importantes na região, como por exemplo, o Rio Maracujá, rio que desemboca no Rio das Velhas que é o maior afluente do rio São Francisco. Segundo uma moradora: “a ameaça é que o distrito simplesmente acabe e que expulsem todas as pessoas do entorno por coerção e pressão”

Pedreira causa danos e prejuízo na produção de alimentos mas moradores resistem

A pedreira que em seu site se coloca como “Preocupando com o meio ambiente, com ações de sustentabilidade. E dando apoio a comunidade onde está inserida, sendo a principal empregadora local.” (dados retirados do site, inclusive com o erro de digitação). Porém, na pratica, não tem se mostrado colaborativa quando se fala da qualidade de vida das pessoas que moram ao redor.

Os moradores do distrito reclamam do barulho, da fumaça e poeira causada por cerca de 600 carretas que passam por dentro do perímetro urbano diariamente. Já existe uma rota alternativa que poderia facilmente ser usada pela empresa, se fosse adaptada pela própria, mas de forma violenta, continua fazendo o possível para incomodar os moradores.

“Aqui a gente só tem paz dia de domingo até 19h, ai já começa o barulho, a fumaça e a casa começa a tremer” diz uma moradora local.

A produção de alimentos também tem sido muito ameaçada. Por vezes a safra é destruída por pedras, vindas das explosões mal planejadas, ou pelas fortes chuvas que inevitavelmente geram deslizamentos. Esses deslizamentos são causados pelo assoreamento dos morros ao redor que são ocupados pela pedreira e acabam por soterrar a produção próspera de alguns moradores. A água, que foi privatizada há pouco tempo, agora é paga, enquanto as nascentes vão sumindo, pela quantidade de brita que também é arrastada pela chuva, entupindo diversas nascentes.

Moradores têm plantações afetadas pelas ações da pedreira na região. Foto: Val Leger

“As famílias que compõem a comunidade, desde o fim do ano de 2020, tiveram notícia da existência de processo de requisição de servidão minerária pela empresa Pedreira Irmãos Machado junto à Agência Nacional de Mineração (ANM). Os comunitários afirmam que só vieram a ter conhecimento do interesse da empresa sobre as propriedades nas quais vivem após alguns moradores receberem uma correspondência, de um escritório de advocacia que convidava o destinatário a comparecer no local indicado, um antigo imóvel comercial às margens da rodovia BR 356, para ‘tratar de assunto de seu interesse’, sem qualquer explicação acerca do motivo do convite nem qualquer indicativo das intenções da empresa. Outros moradores afirmaram que foram surpreendidos por ofício, em segredo de justiça, expedido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que determinava que os mesmos se manifestassem com relação a esse mesmo pedido de servidão, no prazo de 15 dias após a retomada dos trabalhos forenses em janeiro de 2021. O referido ofício foi entregue entre os dias 22 e 23 de dezembro de 2020.” Trecho extraído de laudo do Ministério Público sobre o caso.

Morte de um funcionário e descaso com a segurança do trabalho

No dia 16 de dezembro de 2022, José dos Santos Costa, de 75 anos, funcionário da empresa, morreu enquanto trabalhava. Segundo análise feita pelo Ministério Público, havia e ainda há o risco de acidentes devido a negligência da empresa. O documento aponta que a última inspeção do trabalho foi feita em março de 2017, quando houve a constatação dos riscos que a tecnologia usada poderia causar acidentes. Desde o armazenamento até o descarte do material explosivo, chamado de Pyroblast, não há o cuidado que deveria por se tratar de um material perigoso. O risco não foi antecipado. Além disso, o SESMT (Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho) não foi envolvido nas decisões dessa atividade que é considerada de alto risco e não rotineira.

O documento também aponta que a empresa não ministrou treinamentos periódicos para o manuseio do material, não analisou nem documentou acidentes e doenças causadas pelo trabalho e deixou de incluir no Programa de Gerenciamento de Riscos a etapa de antecipação dos fatores de risco entre outras negligências com seus funcionários.

Desde 2019, moradores da região organizaram a “Frente Popular em Defesa de Amarantina” com o objetivo de encontrar alguma forma de defender seus direitos. Todo esse período é marcado por indiferença por parte da pedreira e tentativa de omissão dos planos. O processo de pedido de cessão era até pouco tempo segredo de justiça, o que impedia muito dos moradores, mesmo organizados, de entenderem o que estava acontecendo. Graças à luta local, que sempre buscou apoio do ministério público e dos meios institucionais, os moradores resistem mas também temem até quando conseguirão adiar os planos da pedreira.

 

FONTE A VERDADE

Prefeitura realiza mutirão contra dengue no bairro Pires; 1378 imóveis foram vistoriados

A Prefeitura de Congonhas promoveu um grande mutirão de combate à Dengue, no bairro Pires. A iniciativa, denominada “Dia D contra a Dengue”, teve como objetivo intensificar as ações de prevenção e controle da doença.

Equipes de saúde, agentes de endemias, Defesa Civil e a equipe da Coleta Seletiva percorreram o bairro e realizaram atividades de conscientização, vistorias em imóveis e eliminação de focos do mosquito transmissor. No total, 1378 imóveis foram vistoriados.

Na ação foram recolhidos depósitos inservíveis de difícil descarte como garrafas, pneus, embalagens, baldes velhos e demais materiais que sirvam de depósito para água parada.
Na oportunidade, a população foi orientada a participar ativamente, mantendo seus quintais limpos e colaborando com as equipes durante as visitas domiciliares.


Por Letícia Tomaino / Fotos: SMS

Falas racistas e transfóbicas de professor de IFMG em dia de trote provocam revolta e protestos

Durante a aula de sociologia, na sala do 3° ano técnico em meio ambiente, no IF Sudeste de São João del-Rei, um professor fez uma fala extremamente desconfortável. Os alunos do 3° ano estavam em dia de trote com o tema feriados do ano, e uma aluna estava vestida de coelho da Páscoa, quando o professor perguntou se seria uma fantasia erótica. Com isso, ressurgiram falas racistas e transfóbicas do mesmo, e os alunos do campus se juntaram para fazer um protesto. O Grêmio estudantil conduziu uma conversa, depois das falas de professores, coordenações e da diretoria geral, na quadra poliesportiva.
O corpo discente do IF Sudeste MG – Campus São João del-Rei reiterou que NÃO aceita falas ofensivas e foram tomadas medidas necessárias, assim como a mobilização estudantil.
A direção se manifesta em nota:
“A Direção-Geral do IF Sudeste MG – Campus São João del-Rei recebeu, nesta quinta-feira, 14/03/2024, denúncia de assédio contra docente dos cursos técnicos integrados ao ensino médio.
Foi aberto processo para medidas cautelares imediatas e o caso foi enviado às instâncias responsáveis pela apuração.
A Rede de Acolhimento da Política Institucional de Prevenção e Combate ao Assédio e à Violência, designada pela Portaria GABREITOR/IFSUDMG nº 185/2024, atuará no atendimento aos discentes e ao servidor.
A Direção-Geral repudia qualquer forma de assédio e discriminação e reafirma seu compromisso na garantia de um ambiente saudável e inclusivo para o processo de ensino-aprendizagem e para a formação humana, em sua totalidade.”
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