28 de março de 2024 17:42

BH tem primeiro animal detectado com o novo coronavírus, diz UFMG

Pela primeira vez em Belo Horizonte, um cachorro foi detectado como positivo para o novo coronavírus, de acordo com a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). No Brasil, até o momento já foram identificados 11 animais que testaram positivo para o vírus e tiveram os casos notificados aos órgãos oficiais, como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Organização Mundial de Saúde Animal.

Na capital mineira, o caso foi detectado em um cão da raça boxer, que vivia em convívio com uma família com casos confirmados de Covid-19, de acordo com o coordenador do projeto que testa os animais em BH, o professor David Soeiro, do Laboratório de Epidemiologia e Controle de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Instituto de Ciências Biológicas da UMFG. 

De acordo com a UFMG, os resultados reforçam a ideia de que os pets podem ser contaminados no convívio com os humanos, e não o inverso. Logo, destaca-se a importância de usar a máscara e manter distanciamento dos animais de estimação.

Além do boxer, foram notificados até o momento os seguintes casos de animais que testaram positivo para o vírus: um gato, em Cuiabá, no Mato Grosso; quatro cães e um gato em Curitiba, no Paraná; dois gatos, na região metropolitana do Recife, em Pernambuco; e um cão e um gato, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

Pesquisa

Os animais testados nacionalmente fazem parte do projeto de pesquisa multicêntrico financiado pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e Ministério da Saúde intitulado “Estudo multicêntrico para a vigilância de SARS-CoV-2 em animais de companhia com interface à Saúde Única (PetCOVID-19 Study)”, que possui como objetivo geral a promoção da vigilância de SARS-CoV-2 em animais de companhia do Brasil.

Os laudos laboratoriais são emitidos oficialmente pelo Laboratório Tecsa Saúde Animal e, em Belo Horizonte, há colaboração na testagem dos animais com o Laboratório de Virologia Molecular, coordenado pelo professor Renato Santana de Aguiar.

Na pesquisa são incluídos animais de companhia cujo tutor esteja em isolamento domiciliar, com diagnóstico laboratorial confirmado para SARS-CoV-2 por RT-qPCR ou resposta imunológica apenas por IgM (caracterizando doença ativa), até sete dias da data do diagnóstico, residente em uma das seis capitais: Belo Horizonte, Campo Grande, Curitiba, Recife, São Paulo e Cuiabá.

Como participar

Todos os tutores ou familiares voluntários recebem um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) e questionário de televigilância, a fim de determinar as características ambientais e outros fatores associados à infecção nos animais. 

Para análise da transmissão de SARS-CoV-2 entre humanos e seus animais, serão coletadas amostras biológicas com intervalo médio de sete dias. Os resultados dos testes são o mais brevemente possível informados aos tutores/familiares através de contato telefônico e pela emissão de laudo eletrônico, que será enviado por e-mail ou aplicativo de comunicação.

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