23 de abril de 2024 15:33

Vereador defende que crianças até 10 anos não passem pela triagem da policlínica

Promotora diz que nada impede que município e Hospital São Vicente façam um acordo para solucionar a questão, mas alerta que deve haver critérios 

Vereador Sandro José /Foto:Arquivo/Correio de Minas
Vereador Sandro José /Foto:Arquivo/Correio de Minas

Usando a Tribuna da Câmara nesta semana, o Vereador Sandro José (PSDB) cobrou uma solução para as crianças que são obrigados a passarem pela triagem da policlínica antes de serem encaminhadas ao Hospital São Vicente, referência em pediatria, em Lafaiete. Segundo ele, os paciente são obrigados, muitas das vezes,a cumprir uma longa maratona e permanecer na fila de espera por horas, aumento o sofrimento das crianças. “Acredito que elas poderiam ser encaminhadas diretamente ao São Vicente e minimizar o sofrimento das crianças e de seus pais. Todos nós aqui nesta Casa já presenciou esta realidade na policlínica e a situação é alvo de inúmeras reclamações”, sugeriu.

Sandro adiantou que já procurou a direção do hospital e a Secretaria da Saúde para buscar uma solução. “Acredito que o hospital deveria receber somente as crianças até 10 anos e somente os casos de urgência e emergência seriam destinados diretamente ao hospital”, pontuou.

Sandro disse que o grande temor do hospital seria a desenfreada busca pelo serviço o que poderia acarretar congestionamento no atendimento. Ele leu uma nota da Promotora Danile Vignolli, Curadora da Saúde, sobre o caso. Segundo ela, nada impede que o atendimento seja feito diretamente no Hospital São Vicente, mas alertou que deveria haver critérios para evitar que a instituição passe a atender serviços que deveriam ser prestados em postos ou PSF’s, como a consultas eletivas.

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Hospital São Vicente é referência em pediatria

“Não há obstáculo em TAC para que as crianças sejam atendidas diretamente no Hospital São Vicente. Esta foi uma negociação direta entre Município e Hospital e que constou da contratualização no sentido de que a triagem fosse feita na policlínica municipal.
Nada impede, portanto. O que posso afirmar é que, em discussões da qual participei, inclusive em audiências públicas na Câmara, é que o próprio Hospital afirmou impossibilidade de receber todas as crianças e fazer as triagens em razão de falta de pessoal.
Na realidade, o serviço de urgência deve ser destinado a receber somente casos tecnicamente classificados como urgentes, e acredito que o hospital e secretaria possivelmente temam, de porta aberta, o hospital passe a receber demandas de consultas eletivas de crianças que devem ser agendadas junto às equipes de saúde da família. E, se assim for, a triagem seria demorada demais pondo em risco os casos realmente urgente.
Mas, volto a dizer, nada impede que seja feito acordo”.

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