A disputa no campo federal contamina diretamente na Câmara de Lafaiete. Conceitos como, esquerda e direta, pontuam os discursos entre os vereadores.
Ontem, durante a aprovação de um requerimento para a realização de uma audiência sobre a PEC 241, que estabelece limites para os gastos públicos pelos 20 anos, os parlamentares promoveram intensos e inflamados discursos, com resquícios da disputa no plano federal entre PT e PSDB.
A sessão “pegou fogo” e dividiu os vereadores. “A PEC vai prejudicar os mais pobres com menos investimentos em saúde e educação”, disse Pedro Américo. Toninho do PT intitulou a PC 241 como da “miséria e da pobreza”. “O novo governo quer acabar com todos os avanços. Querem tirar o pobre da escola e da faculdade. Perguntem a elite lafaietense onde seus filhos estudam? È no Pitágoras ou Bernoulli. Aos pobres sobram o Narciso de Queiróz e Doriol Beato”, criticou o vereador em tom inflamado e gestual. Ele não poupou até seus colegas de matizes ideológicas contrárias, citando o DEM, PMDB e PSDB como siglas reacionárias. “Foram eles que deixaram o país atolado em dívidas e quebraram a Petrobras. Agora falam que querem cortar gastos da educação. Temos que analisar melhor a PEC 241.
Somente com mais tempo de implantação é que vamos ver os seus resultados”, retrucou o Presidente Pedro Loureiro. “Se houvesse tempo iria chamar o senador Aécio Neves nesta casa, para que o nobre vereador comprove as denúncias contra ele”, assinalou o Pastor Boaventura ao contrapor com o vereador Toninho do PT. “As coisas não andam bem para o país. Acredito que temos que ter austeridade financeira. A PEC 241 é boa mas do jeito que ela está sendo implantada. Desse jeito sou contra”, pontuou Gildo Dutra. Após mais de 40 minutos de bate boca ideológico, o requerimento para a realização da audiência, de autoria do vereador Pedro Américo (PT), foi aprovado, mas sem data para a realização.
