19 de abril de 2024 10:12

Unidades básicas de saúde de Congonhas realizam inserção de DIU para evitar gravidez

Em Congonhas, as mulheres recebem orientação e cuidado em saúde reprodutiva. Agora, todas as unidades básicas de saúde (UBSs) realizam a inserção do Dispositivo Intra-Uterino (DIU), um dispositivo que ajuda a evitar a gravidez.

Todos os médicos que atuam na rede de atenção básica passaram por um treinamento durante o Programa de Educação Permanente (PEP). Cinco monitores estão acompanhando os outros profissionais na realização dos procedimentos.

O DIU oferecido pelo SUS é feito de cobre, e possui cerca de 4 cm. É um método contraceptivo de longa duração, já que pode permanecer no lugar por até dez anos. Além disso, não libera nenhum tipo de hormônio e, por isso, não provoca efeitos colaterais que muitas têm evitado, como alteração de humor, da libido e do ciclo menstrual, e aumento do risco de trombose. O dispositivo não protege contra infecção por HIV (AIDS) e outras infecções sexualmente transmissíveis.

“Ele tem uma taxa muito boa de eficácia. A taxa de falha dele é baixíssima, se aproxima da taxa de falha da laqueadura; menos de uma mulher, entre cem, que usam e engravidam em um ano. A satisfação das mulheres é muito grande”, destaca a médica de Família e Comunidade, Luísa Sampaio de Mendonça.

O procedimento é feito entre 10 e 15 minutos, feito dentro do consultório e não exige nenhum preparo prévio. Posteriormente, não é necessário cuidados especiais.

Após a inserção do DIU, pode ocorrer aumento de sangramento menstrual e de cólicas, mas nem todas as mulheres podem sentir esses sintomas, que podem passar com o tempo. “Ele tem mais benefícios do que efeitos colaterais, tem poucas contraindicações”, ressalta a especialista.

Quem pode colocar?

Qualquer mulher em idade fértil pode colocar o DIU, basta procurar a unidade de saúde mais próxima para receber orientações quanto à inserção e sua utilidade. Depois, o procedimento é agendado. Ele não é indicado para mulheres que ainda não tiveram relações sexuais.

A técnica de enfermagem, Tamara Santos Marinho, 28 anos, trocou o anticoncepcional pelo DIU. “Optei porque eu sou fumante, então o risco de trombose aumenta com o anticoncepcional. E outra, acabamos nos esquecendo daquele compromisso de tomar o remédio na hora certa. Depois que coloquei, perdi até peso porque desinchei do anticoncepcional. Não senti nada no procedimento, fiquei relaxada. Fiz minhas atividades normalmente”, conta.

Outros métodos contraceptivos

Em Congonhas, as unidades oferecem pílulas anticoncepcionais de hormônios combinados ou isolados, prescritos conforme a necessidade da paciente, além do anticoncepcional injetável. Também são distribuídos preservativos para homens e mulheres, que são o único método que protege contra infecções sexualmente transmissíveis.

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