26 de abril de 2024 02:57

Lançado livro de referência sobra a obra de Aleijadinho em Congonhas

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O público que prestigiou a programação da Semana de Museus, desta quinta-feira, 19, foi recepcionado pela apresentação da Banda Sinfônica da Secretaria Municipal de Educação, formada por músicos do projeto Arte na Escola, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação. Entre as músicas interpretadas estiveram “Paradise”, da banda Coldplay; Skyfall, de Adele; e “Primavera”, de Tim Maia. Em seguida, aconteceu o lançamento do livro Arte e Paixão – Congonhas do Aleijadinho, de Fábio França, editado pela C/Arte. Prestigiaram a noite festiva no Museu de Congonhas o prefeito Zelinho, do diretor-presidente da FUMCULT, Sérgio Rodrigo Reis, secretários municipais e outros servidores, amigos contemporâneos do autor da publicação e

ex-padre redentorista, além do público em geral.

O Coral dos Profetas prestigiou o lançamento do livro, interpretando músicas do período colonial, a mesma época em que Aleijadinho viveu. A obra, patrocinada pela Ferro+ e que recebeu apoio da Prefeitura de Congonhas, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Lazer e Turismo (FUMCULT), surgiu de uma extensa pesquisa sobre Congonhas, o surgimento da fé e a devoção ao Senhor Bom Jesus e sobre a construção do Santuário.

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Fábio França, atualmente com 83 anos, chegou a Congonhas em 1945, onde estudou e foi padre redentorista. “Quando fui ao Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos pela primeira vez, achei a Basílica, os 12 Profetas, as imagens em cedro, tudo feio. Em 1957, após a primeira grande restauração pela qual todo o conjunto artístico e arquitetônico passou, comecei a me interessar por ele. As imagens já não aparentavam mais estarem sujas de sangue. Nesta época as pessoas me perguntavam se não havia guias. Então fiz um pouco este papel e passei a estudar toda a obra de Aleijadinho”, lembra o autor, que faz uma distinção de sua publicação para as anteriores: “Os outros livros eram de arte. Percebi que precisava interpretar todos esses elementos para ajudar as pessoas a conhecê-los. Então li um livro chamado ‘Patrimônio Interpretativo’, que me ajudou nesta tarefa. Meu livro é didático”, explica.

As maiores dificuldades não estiveram ligadas somente aos 30 anos de pesquisa, recolhendo artigos de jornal, trechos de reportagens e documentários de TV. “Foi tarefa árdua também publicar o livro. Tentei leis de incentivo e outras formas, até que veio a proposta do prefeito de Congonhas, o Zelinho. Aí, a partir de 2015, aperfeiçoei este trabalho e enfim o estamos lançando. Agradeço ao prefeito por reconhecer o meu trabalho, ao Sérgio Rodrigo (diretor-presidente da FUMCULT) por ter viabilizado a publicação, à Ferro+, que patrocinou a publicação”. O superintendente da Ferro+, Gilmar Vieira, e o gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente, Erik Celestino, representaram a empresa no lançamento.

Na apresentação que se encontra nas primeiras páginas de Arte e Paixão – Congonhas do Aleijadinho, o prefeito Zelinho e Sérgio Rodrigo lembram que “O livro, primeiro de uma série com a chancela do Museu de Congonhas, nos ajuda, e muito, a compreender o fenômeno social e antropológico que surgiu entre as montanhas de Minas ainda no século XVIII, transformando esta cidade em rota de uma das maiores peregrinações do país durante o Jubileu do Bom Jesus (…). Além dos aspectos religiosos que o pesquisador elucida como poucos, a publicação oferece elementos para a compreensão artística e estilística presentes no Santuário, sobretudo no que diz respeito à obra-prima de Aleijadinho (…). Congonhas, cenário de poesia e fé, ganha um relato singular fornecido por alguém que, como poucos, descreve este lugar onde o eterno e o sagrado encontram uma de suas melhores representações feitas pela mão do homem”.

Durante o lançamento, Arte e Paixão – Congonhas do Aleijadinho foi vendido a R$ 20,00, graças a cortesia da Editora C/Arte. Ele segue à venda no receptivo do Museu de Congonhas a R$ 20,00.

Também na quinta-feira, 19, Sérgio Rodrigo, da FUMCULT, e Wandercy Miranda, Relações Institucionais da VALE, anunciaram que a biblioteca do Museu de Congonhas, que será inaugurada em breve, levará o nome de Fábio França. A VALE havia adquirido a coleção de livros que o autor utilizou com base de sua obra e a doou à biblioteca do Museu.

A programação da Semana de Museus de Congonhas, realizada pelo Governo Municipal e coordenada pela FUMCULT se encerra na próxima quarta-feira, 25.

Programação:

  • 14h

“Bazar Maravilha no Museu de Congonhas”

Sinopse: O programa de rádio cultural de mais tradicional de Minas, comandado por Tutti Maravilha, será transmitido ao vivo pela Rádio Inconfidência (BH) e Educativa FM (Congonhas), direto do Museu de Congonhas neste “Dia Internacional dos Museus”.

  • 19h

Apreciação dos Grupos de Cordas, Sopros e Orff do Projeto Garoto Cidadão-Fundação CSN – (resultado das oficinas de Masterclass)

 Sinopse: Alunos do projeto estarão no Museu de Congonhas com os resultados de suas experimentações artísticas.

  • 20h

Roteiro das Minas: Oficinas + Espetáculo com Arnaldo Antunes e Beatriz Azevedo.

Sinopse: A passagem dos modernistas em Minas, em 1924, foi um divisor para a cultura brasileira. Artistas contemporâneos se inspiram naquele momento na criação de espetáculos exclusivos para o Museu de Congonhas.

 

Arte na Escola

Presente ao Museu de Congonhas na quinta-feira, 19, para acompanhar o lançamento do livro e a apresentação da Banda Sinfônica, formada por alunos do Arte na Escola, a secretária municipal de Educação, Maria Aparecida Resende, afirmou que este projeto, coordenado por Kátia das Graças Souza, e o Museu de Congonhas se integram perfeitamente. Outras apresentações da Banda Sinfônica, Coral Jovem, Grupo de Câmara e da Orquestra Juvenil e Orquestra Jovem estão inseridas na agenda cultural do Museu para este ano. “Este espaço nos incentiva com esta vasta programação cultural para todo o ano, graças à parceria que temos com a FUMCULT. Na atual Administração Municipal, o Arte na Escola foi ampliado, conseguimos inclusive adquirir 62 instrumentos. Damos tanto valor às artes que a música faz parte do currículo da rede municipal de ensino. Este projeto está presente em 30 escolas, sendo que 18 delas são de tempo integral. Nosso objetivo é capacitar estes jovens na área da qual eles gostam”, explica. São 40 professores envolvidos no projeto, dos quais 19 são de música – quase todos com formação superior, em sua maioria na UFMG e na UFSJ.

Fotos:Divulgação/SECOM

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