18 de abril de 2024 02:36

Culinária em alta em Itaverava: grupo mantém viva a tradição das Quitandas, preserva a culinária e é referência na região

Grupo de quitandeiras de Itaverava se destacou no último Festival de Quitandas e preserva a tradição das receitas de família/Reprodução

Cerca de 30 mil pessoas passaram pela Romaria nos dois dias do Festival da Quitanda. A festa começou no sábado 19/05 com a Noite de Caldos e Viola, marcada pela performance de Alceu Valença e sua banda. O artista contagiou o público formado por representantes das diversas gerações, que superlotou o espaço cultural. O grupo Viola Inviolada completou o clima da noite.

No domingo (20) as deliciosas receitas preparadas pelas quitandeiras foram apreciadas por congonhenses, turistas e pelos jurados do Concurso de Quitandas. Crianças e adultos desfrutaram de uma imensa estrutura composta por 49 stands, ocupadas por quitandeiros e quitandeiras de Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Ouro Branco, Belo Vale, Jeceaba, São Brás do Suaçuí, Entre Rios de Minas, Itaverava, Itabirito, Sabará, Lagoa Dourada, entre tantas outras cidades, e que comercializaram quitutes tradicionais e novidades.Nomes consagrados da gastronomia nacional compuseram o quadro de jurados do Concurso de Quitandas este ano.

Itaverava

Noeme Madalena Lopes recebeu o título de 1º lugar na Melhor Quitanda Regional/Reprodução

Pelo segundo ano consecutivo, os quitutes de Itaverava foram destaque no festival na categoria regional. No ano passado, o “bolo de arroz” ficou na segunda colocação e neste ano as quitandeiras levantaram a premiação principal com a “broa da vovó”. O stand 15, decorado com elementos característicos da região rural, como cabaças e bambus usados no preparo de quitandas antigamente, apresentados de forma contemporânea, representava o farto, variado e saboroso café da manhã das casas mineiras, mostrando que o que é bom não se perde, mas se renova, ganhou como a melhor decoração e originalidade do 18º festival.

Mas quem pensa que o resultado foi por acaso, se engana totalmente. Por trás do sucesso da culinária itaveravense, há um grupo de 4 quitandeiras dedicadas que ao longo do ano se reúnem para preparar, aprimorar, trocar experiências, entre sabores e escolha da quitanda que irá representar a cidade.

Quando se encerra um festival, o grupo se organiza para preparar o seguinte evento. A itaveravense Flávia Miranda trabalha em Belo Horizonte na área de informática. Ela encontra tempo para se reunir e encontrar com outras quitandeiras, entre as quais, sua mãe, Marina Soares, Noeme Lopes, Vanda Henriques com quem aprendeu e  desenvolveu o gosto pelo ofício de quitandeira. Elas formam um grupo que mantém viva a culinária local e aprimoram as quitandas sempre se inspirando em suas antepassadas.

Ficou para Itaverava a premiação do melhor stand do último Festival da Quitanda/Reprodução

A cada ano, o grupo apresenta uma novidade, após testes de sabores e troca de experiências culinárias. Após experimentos de sabores, texturas e gostos, se desenvolve uma quitanda, usando sempre elementos tradicionais da cozinha local.

Flávia conta que o gosto pela culinária vem da tradição de várias gerações. “Isso é fruto de um trabalho em várias mãos e gosto para manter as nossas tradicionais receitas de famílias, os valores e os nossos laços familiares vivos, presente e renovados”, explicou. A premiação agora motiva o grupo para preparar uma nova receita de quitanda em 2019.

Das 18 edições do evento, o grupo esteve presente em 14 e arrebatou ainda diversos prêmios como em 2015, quando novamente ganhou a categoria regional com a receita broinha de melado.

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