18 de abril de 2024 22:42

Barragens da CSN tem mais impacto devastador do que fundão em Mariana

Barragens da CNS tem mais impacto devastador do que fundão em Mariana/Reprodução

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) move uma ação civil pública contra o Governo de Minas, pedindo que o estado seja obrigado a não renovar e a não conceder licenças ambientais para barragens de rejeitos de minérios que usem a técnica de alteamento a montante. Esta é a mesma técnica que foi utilizada na construção da barragem de Fundão, que rompeu e se revelou no maior crime ambiental do Brasil e um dos maiores do mundo.

Alteamento a montante significa erguer vários degraus contra o talude ou contra a parede da estrutura que dão sustentação à barragem, aumentando assim sua capacidade de contenção de rejeitos.

O promotor Dr. Marcos Paulo, do qual pactuamos entendimento, caracterizou esses casos de alteamento como “bombas de pavio aceso” e chamou de “assassina” o uso da técnica de alteamento a montante.

Mas vai parar a mineração se proibir o alteamento de barragens?

Claro que não!

Investir em novas tecnologias de disposição de rejeitos e até mesmo em alternativas técnico locacionais para construção de novas barragens, seria uma opção muito mais responsável e inteligente, que geraria muito mais empregos, tornando a mineração em nossa cidade uma atividade muito mais segura.

E por que a maioria das mineradoras utilizam esta técnica de risco, construindo a montante das barragens?

Esta resposta é simples: É mais fácil e mais barato.

Não tem nada haver com falta de alternativa técnico locacional, sustentabilidade, respeito ou segurança. Estes quesitos nem são considerados na maioria das vezes. A questão que define este tipo de estrutura é meramente econômica.

Vale destacar que o “Complexo de Barragens Casa de Pedra” (CSN) é 50% maior que a barragem de Fundão e tem um potencial de impacto muito mais devastador que aquela que se rompeu, não somente pelo seu tamanho, mas sobretudo por estar localizada na área urbana de Congonhas.

Será que não aprendemos nada com a tragédia de Mariana?

Fonte: Neilor Aarão

Mais Notícias

Receba notícias em seu celular

Publicidade