20 de abril de 2024 00:26

Sem cumprir as obras e investimentos previstos em Lafaiete, Copasa quer mais prazos para executar contrato; empresa anuncia construção de novo reservatório e a conclusão da ETE Ventura Luz

Reunidas ontem a noite durante reunião mensal da Federação das Associações de Bairro de Conselheiro Lafaiete (Famocol), lideranças comunitárias criticaram serviços prestados pela Copasa. Os representantes da concessionária ouviram reclamações e cobranças sobre o abastecimento de água e o tratamento do esgotamento sanitário. O líder, Marcelo Lopes, fez um discurso duro ao cobrar da empresa o tratamento de esgoto e melhoria o sistema de água em Buarque de Macedo. “Se a Copasa não fizer o tratamento de esgoto na nossa localidade já decidimos que não vamos deixar instalar os hidrômetros”, desafiou. Diversos moradores como Triângulo II e Topázio cobraram a instalação de água nos bairros.

Investimentos

As lideranças cobraram investimentos da Copasa em Lafaiete. Mas uma das principais novidades foi o anúncio definitivo de conclusão da Estação de Tratamento de Esgoto do Ventura Luiz. Segundo o gerente da Copasa em Lafaiete, Alexandro Roberto, a concessionária já está protocolando as licenças ambientais tanto provisória como de operação para da estação. A obra já está em fase final de conclusão e ainda este semestre deve iniciar o funcionamento.

Reunião da Famocol discutiu investimentos e serviços prestados pela Copasa em Lafaiete

Ainda sobre ETE Bananeiras, o representante antecipou que a Copasa já conseguiu autorização da MRS  e da Via 040 para a construção de receptores nas travessias da ferrovia e rodovia que vão complementar em 100% o tratamento do esgoto no Bananeiras. A ETE do Rancho Novo também está em fase final de término da obra.

Novo reservatório

Alexandre Roberto comentou que a Copasa já em estudos ambientais e de viabilidade a construção de um novo reservatório para garantia de abastecimento nos períodos de longas estiagens. O local seria próximo a lagoa de captação a Água Preta.

Repactuação

Uma das principais cobranças foi em torno do descumprimento de prazos em obras e serviços previstos no contrato, já alvos de ações movidas pelo Ministério púbico como também de pelo Município. Assinado em junho de 2014, o contrato previa prazos para inúmeros investimentos, mas todos até hoje não cumpridos pela concessionária.

O gerente da Copasa adiantou que trabalha junto ao Ministério Público e ao Município para repactuar as datas estipuladas dentro da realidade da estatal e fluxo orçamentário. “A negociação do contrato iniciou em 2009 e foi concluído em 2014. Porém os prazos iniciais não foram alterados”, justificou Alexandre.

Contrapartida

Ao discorrer sobre a contrapartida de perto de R$15 milhões a ser quitada pela Copasa ao Município, Alexandre disse que aguarda as licitações e contratos, a serem feitos pela prefeitura, para liberação dos valores. O repasse se arrasta desde a gestão anterior.

Pró Mananciais

Os representantes fizeram um balanço do projeto de preservação desenvolvido pela estatal no Ribeirão Almeidas onde foram instalados 25 mil metros de cercamento de nascentes e construção de barraginhas com o objetivo de aumentar o volume de água dos manancais. O rio é responsável por 70% do abastecimento de água em Lafaiete. O projeto entra agora na sua segunda fase.

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