A rede municipal de saúde conta com um sistema que melhora a qualidade do atendimento a casos de suspeita de dengue e auxilia as ações de combate ao Aedes aegypti. Os pacientes podem procurar as unidades básicas de saúde (UBS) e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) que funciona, provisoriamente, no Dom Oscar. Além de receberem o tratamento medicamentoso e hidratação, fazem o hemograma, que auxilia no diagnóstico e na condução dos quadros de gravidade da doença, além de receberem o pedido de sorologia para dengue.
Aqueles que são atendidos nas UBSs recebem três pedidos de exame: o primeiro e o segundo hemogramas, além da sorologia. O primeiro hemograma é feito no Laboratório Central, localizado em frente à UBS Dom Oscar, que funciona temporariamente como Unidade de Pronto Atendimento. Os outros dois devem ser aprovados e marcados no setor de Epidemiologia, localizado à rua Antônio Andrade de Freitas, n° 47, no Centro. Os resultados devem ser levados ao médico que atende no posto de saúde mais próximo, para avaliação do quadro evolutivo da doença.
No Pronto Atendimento, o paciente com suspeita de dengue realiza o primeiro hemograma durante o atendimento. O médico solicita, ainda, mais dois exames: o segundo hemograma e a sorologia. Os pedidos também devem ser aprovados e marcados pela Epidemiologia e os resultados, apresentados na UBS mais próxima da residência do paciente com suspeita de dengue. Se o resultado do exame de hemograma ficar pronto fora do horário de funcionamento da UBS, o exame deve ser apresentado no dia seguinte, evitando nova consulta na UPA.
Já as pessoas que são atendidas em clínicas particulares ou outras instituições de saúde podem levar o pedido do exame sorológico também à Epidemiologia. Caso o paciente não tenha o pedido, o setor pode emiti-lo. No entanto, ele deve ser assinado por um médico.
Segundo o enfermeiro do Setor de Epidemiologia, Samuel Seabra, os exames devem passar pelo setor para que as notificações dos casos suspeitos sejam registradas. “Com as notificações e a estatística que fazemos, conseguimos definir as ações de combate e pedir, por exemplo, soro e medicamentos a mais do que o Município já recebe. É importante o paciente saber onde deve procurar para ajudar nas ações de controle e para que o Município não faça uma estatística abaixo da realidade. Além disso, ele terá a assistência completa e a UPA não ficará sobrecarregada”, completa.
As estatísticas levantadas pelo Setor de Epidemiologia também são utilizadas para o bloqueio de vetores (combate ao mosquito), quando são realizadas ações de mutirão e aplicação de ultra baixo volume (UBV0) em ruas e bairros onde os casos de dengue são mais frequentes.
Exame sorológico
O Setor de Epidemiologia de Congonhas faz o rastreamento da doença, registrando dados de casos suspeitos e confirmados. Os casos suspeitos são notificados pelas UBS, Policlínica, Hospital Bom Jesus e clínicas particulares. Para dar continuidade ao trabalho, é importante que os pacientes realizem o exame sorológico, que auxilia no diagnóstico da doença. O teste é feito após o 7º dia da doença, pois ele detecta os anticorpos produzidos pelo corpo para combater o vírus. Ele é feito no Município e enviado para o laboratório referência do Estado, na Fundação Ezequiel Dias (Funed).
