Na segunda feira, dia 14, os vereadores de Carandaí deram um mau exemplo para a região. Os representantes tomaram uma atitude que vai de encontro com o que o povo gritou nas ruas no dia anterior.
Por 8 votos favoráveis e dois contrários, os vereadores aprovaram um aumento de quase 12% em seus salários, como também de prefeito, vice e secretários. Quinze dias antes, o prefeito Professor Pelé, diante da crise que afeta as prefeituras, havia vetado o aumento.
Com a derrubada do veto o salário do vereador aumentou cerca de R$530,00 passando a cerca de R$5,3 mil.
O vereador Aécio Flávio (PRB) propôs que a votação fosse adiada para melhor estudo do projeto, no entanto, exceto a vereadora Lucimar Neves (PR) votou contra. Os demais, ansiosos pela votação, insistiram no prosseguimento do projeto, sem maiores demoras.
Os vereadores Aécio e Lucimar alegaram que não receberão aumento em seus salários. “Esse não é o momento. Sou a favor do veto do reajuste dos vereadores, não dos funcionários”, disse a vereadora Lucimar.
Com a palavra, o vereador Pedro Marconi, de forma ríspida, disse “nós vamos obrigar o executivo a repassar esse aumento”.
O vereador Cor Jesus (PSDB), Secretário da Câmara, votou à favor da derrubada do veto e ainda disse que “se ele (Prefeito) acha que o salário tá bom, ele poderia abaixar o dele próprio”. “Esse aumento de 11,28% (que representa um acréscimo R$528,28) não faz diferença nenhuma”, disse o vereador Naamã.
De acordo com o vereador Geraldo Francisco (PRB), Presidente da Câmara, justificou que, aceitando o veto, um dia o salário dos vereadores de Carandaí chegará bem próximo do mínimo. Para ele o atual salário de R$4.694,88 não é muito bom. O Vereador Jader também teceu comentários sobre ser a favor da derrubada do veto.
Veja como votaram os vereadores:
– Aécio Flávio (PRB): CONTRA
– Cor Jésus (PSDB): favorável;
– Geraldo Francisco (PRB): NÃO VOTA
– Jader José (PRB): favorável;
– Lucimar Neves (PR): CONTRA;
– Maria Aparecida Baêta (PP): favorável;
– Murilo Paulino (PSDB): favorável;
– Naamã Neil (PP): favorável;
– Osmar Severino (PMDB): favorável;
– Pedro Marconi (PPS): favorável;
– Ewlington Baêta (PPS): favorável
