Moradores e passageiros de uma linha que corta o São João, em Lafaiete, passaram por apuros, sensação de medo e insegurança, já tão comuns o transporte público urbano. Por volta das 9:30 horas de ontem, sábado, dia 6, o veículo que vinha da região central ao bairro não conseguiu fazer a curva entre as ruas Dona Miquita e Alfredo Zebral, perdeu o controle e atingiu o guarda de mão de ferro que fica a esquina. Por sorte, o ônibus não atingiu uma casa e um comércio.
As primeiras informações apuradas são de que o acidente teria sido provocado pela perda dos freios ou por falta de habilidade do motorista. Por sorte do motorista e passageiro, o veículo parou no local já que em seguida desceria uma rua íngreme e os prejuízos seriam incalculáveis. Os passageiros foram rebocados por outro veículo e ninguém se feriu. O ônibus batido ficou por mais de duas horas na esquina esperando por um guincho e não estava em boas condições de uso. Alguns passageiros informaram a nossa reportagem que é muito comum os ônibus da Viação Presidentes estragarem em diversas regiões de Lafaiete. A frota está aos fragalhos, indigna para transportar os trabalhadores lafaietenses.
Outro acidente
Há menos de 40 dias, um acidente envolveu um ônibus coletivo da Viação Presidente e quase terminou em tragédia. O fato aconteceu no dia 27 de novembro. Por volta das 17h, o veículo que fazia a linha do bairro Santa Terezinha/Sion, atingiu o muro de uma residência, na rua Benedito Lobato. Nos dois casos, os acidentes aconteceram no São João há menos de 200 metros.
O acidente ocorreu devido a quebra da barra de direção do ônibus deixando o condutor sem o controle da direção. O motorista usou os freios, mas não conseguiu evitar a colisão com o muro que ficou parcialmente destruído. O ônibus atingiu parte da residência.
Uma pessoa que estava na residência e alguns passageiros do ônibus sofreram ferimentos leves, mas não há informações sobre o número de pessoas que foram atendidas pelas viaturas do Samu.
Tolerância
A situação da precariedade do serviço de transporte público está cada evidente, porém agora coloca em risco a integridade física dos usuários. Os limites de tolerância e da sensatez com a concessionária chegaram a uma situação inaceitável quanto o descaso e vulnerabilidade do serviço, inclusive na questão de legalidade. A população já não suporta conviver com uma empresa que apenas explora um serviço sem qualquer qualidade ou zelo, ferindo os direitos dos usuários. Com a palavra nossas autoridades.
