20 de abril de 2024 09:25

CSN inicia férias coletivas de 400 trabalhadores

CSN inicia férias coletivas de 400 trabalhadores/Reprodução

Começam hoje e vai até dia 20 de julho as férias coletivas de 400 empregados anunciadas pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). A medida foi anunciada no dia 3 de maio através de nota oficial.

As férias serão divididas em períodos sucessivos de 15 dias englobando os trabalhadores dos processos de beneficiamento e carregamento de minério de ferro. De acordo com a CSN, “a medida considera as reiteradas limitações impostas ao processo produtivo nos últimos meses, que trouxeram a necessidade de adequação das instalações e implementação de novos projetos”.

A companhia informou ainda que as férias coletivas têm o objetivo de preservar a mão de obra das operações de mineração, considerada indispensável para a retomada dos níveis de produção.

Por recomendação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), no final do ano passado, a companhia precisou realizar obras para conter vazamentos no dique de Sela, na mina Casa de Pedra, em Congonhas (Campo das Vertentes). Em abril deste ano, o MPMG atestou a segurança da estrutura.

Queda na produção

A mina Casa de Pedra possui um dos minérios com maior teor de pureza (até 68% de ferro) do mundo e pertence à controlada da CSN, a Congonhas Minérios, que, por sua vez, produz o minério de ferro que alimenta os altos-fornos da usina de Volta Redonda, no Rio de Janeiro. No ano passado, a produção de minério de ferro da CSN a partir de seus ativos minerários em Casa de Pedra e da Nacional Minérios (Namisa), localizados em Congonhas, e que fazem parte da Congonhas Minérios, alcançou 29,9 milhões de toneladas, sem considerar compras de terceiros.

O volume foi 7% menor do que em 2016, quando a companhia produziu 32,1 milhões de toneladas de minério. As vendas de minério caíram 12% na comparação de 2017 com 2016. A área de mineração representou 35,6% da receita líquida total da siderúrgica no ano passado (R$ 12,9 bilhões), somando R$ 4,6 bilhões. Na comparação com a receita do segmento em 2016 (R$ 4,5 bilhões), houve um leve crescimento de 2,2%.

A maior parte do faturamento da mineração no ano passado foi gerada a partir das vendas ao mercado externo, que renderam um giro de R$ 3,7 bilhões, enquanto as vendas domésticas chegaram a R$ 829 milhões. Em relação a 2016, foi apurada queda de 7,5% nas exportações e alta de 53% nas vendas dentro do País.

Além das operações de siderurgia e mineração, a CSN também tem uma fábrica de cimentos, em Arcos, no Centro-Oeste de Minas. A unidade recebeu investimento de R$ 1,6 bilhão e tem capacidade de produção de 2,3 milhões de toneladas de cimento por ano e de 9,3 mil toneladas de clínquer (um tipo de subproduto na produção de cimento) por dia. O

O outro lado

Em nota oficial, o Sindicato Metabase Inconfidentes salientou que “os dados e números da própria empresa demonstram que não há quaisquer justificativas para tal medida” e que “as férias coletivas nada mais é que um mecanismo de chantagem”.

Segundo o sindicado, a CSN planeja aumentar a jornada de trabalho para 12 horas. Hoje, a jornada é de 06 horas. “Em nossa avaliação, o ataque ao turno de 06 horas é o maior de todas as maldades da CSN desde a privatização da empresa”, afirma a nota.

Mais Notícias

Receba notícias em seu celular

Publicidade