25 de abril de 2024 04:40

Contra a privatização dos Correios, vereadores detonam Governo Federal e aprovam Moção de Repúdio a Bolsonaro

Funcionários dos Correios marcaram presença na sessão/CORREIO DE MINAS

“Não a privatização”. Este era o coro que ecoou no plenário da Câmara de Lafaiete, logo após o sindicalista Igor Fernandes, representante da Associação dos Profissionais dos Correios, discursar na Tribuna Popular, ontem (27), quando contestou o anúncio do Governo Bolsonaro em privatizar a estatal dos Correios. “Dez minutos é muito pouco tempo para falar da importância da empresa na ajudou na integração nacional. Este empresa foi fundada em 1663”, assinalou. Diversos profissionais da estatal estavam presentes a sessão.

Igor Fernando representante do Sindicato, alertou que a privatização será nociva a sociedade brasileira/CORREIO DE MINAS

“Defender os Correios é defender os interesses do país”, comparou Igor. Segundo ele, a privatização será nociva ao Brasil, quando centenas de países mantém o serviço nas mãos do Estado, inclusive os Estados Unidos. Ele citou que os Correios é uma das empresas mais confiáveis do país e cumpre um papel social e econômico ao estar presente nos mais de 5.570 municípios brasileiros. Igor relatou que o fechamento da agência da estatal em Lafaiete faz parte do sucateamento da empresa para justificar sua privatização.

Repercussão

A Moção de Repúdio aprovada por unanimidade ao Governo Bolsonaro se estende também a diversos ministros as autoridades federais. “Eles vão vender tudo. Difamam a empresa para vender depois”, pontuou o petista Chico Paulo. O autor da Moção, o Vereador Oswaldo Barbosa (PP), ressaltou que o repúdio vem de confronto ao anúncio do Governo em privatizar a estatal de alto padrão de qualidade nos serviços prestados e sua importância social. “A decisão não me estranha, pois o presidente disse que venderia todas as estatais. Ele vai acabar com tudo”, disparou Pedro Américo.

Já o Vereador Sandro José (PSDB) fez um discurso duro contra a privatização dos Correios e de outras estatais estratégicas e pediu união contra a política econômica do estado mínimo. “Eles querem sucatear os serviços e a imagem da empresa, enfraquecer os sindicados e vender por uma bagatela. Isso vai acontecer com a Cemig e a Coposa. A briga é de todos juntos”, finalizou.

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