19 de abril de 2024 01:43

Cidade de Congonhas recebe artistas Mineiros para gravação de novo CD

Cantora Titane e pianista Túlio Mourão estão na cidade dos profetas para a gravação do novo álbum “Paixão e Fé”, que propõe um diálogo com a cultura popular e questiona de forma sensível o período de contradições vivido no país. 

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Novo trabalho está sendo gravado no Espaço Cultural da Romaria e resultado será apresentado ao público de Congonhas em janeiro de 2017

Belo Horizonte, novembro de 2016 – Artistas de carreiras consolidadas e significativo acervo de prestígio e reconhecimento, os mineiros Titane e Túlio Mourão escolheram a cidade de Congonhas para a gravação de um novo trabalho, o álbum “Paixão e Fé”. Sintonizados com o delicado momento que o país atravessa, os artistas encontraram na cidade, povoada pela rica arte barroca e vítima da atuação implacável da mineração, o ambiente ideal para o objetivo central da parceria: derramar poesias sobre um quadro de incertezas, antagonismo e fragmentação. O projeto é uma parceria dos artistas com o Museu de Congonhas por meio da Fundação Municipal de Cultura, Lazer e Turismo (Fumcult).

A gravação do novo disco acontecerá nos dias 5 e 6 de novembro, e será feita em uma das salas da

Romaria de Congonhas que foi adaptada como estúdio musical. A equipe – artistas, técnicos e produtores – foi deslocada para Congonhas e criou base de operações nas proximidades do Museu de Congonhas, experimentando concentrada vivência e foco na arte e história da região. A previsão é que o novo álbum seja lançado em show em Congonhas, em janeiro de 2017.

 

O novo trabalho “Paixão e Fé” aposta na dimensão crítica e reflexiva da arte para trazer indagação e sensibilização com foco na inquietante dicotomia que une fragilidade e violência em inaceitável continuidade na história do país. De um lado comunidades carentes, gente humilde, mas detentora de precioso tesouro humanista em forma de cultura singular, espontânea, local – tão única quanto frágil.

 

De outro o imediatismo cego, o vício corporativista, e a inércia conservadora impedindo que a questão humana tenha mais espaço e peso na formulação da equação econômica – esta desafiada a conciliar interesses e dimensões conflitantes e tantas vezes distante do histórico e elementar compromisso com o bem social.

 

No novo álbum, estão algumas canções geradas nessas regiões de Minas, outras de artistas que tem diálogo e reflexão sobre essas culturas – canções que exibem seu genuíno encanto e ainda outras que exalam pura perplexidade.

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