24 de abril de 2024 17:48

Bolsonaro libera mais 51 agrotóxicos nesta semana

O governo Bolsonaro liberou, nesta segunda-feira (22), mais 51 novos agrotóxicos para utilização nas lavouras brasileiras. Entre os novos venenos, um dos mais perigosos é feito à base de sulfoxaflor, um pesticida cujo uso está relacionado à morte de enxames inteiros de abelhas em todos os lugares do mundo em que foi lançado. São 262 novos agrotóxicos liberados em 200 dias de governo, mais de um por dia.

Para o deputado, liberação acarretara o aumento do consumo no país, que já é um dos maiores consumidores de agrotóxico do mundo/DIVULGAÇÃO

O deputado Padre João, coordenador da frente Parlamentar da Segurança Alimentar e Nutricional no Congresso Nacional, lembra que o Brasil, que já ocupa a primeira posição mundial no uso e consumo de agrotóxicos, agrava ainda mais a sua situação e isto já se reflete na saúde da população com o aumento de uma grande diversidade de doenças crônicas, entre elas a depressão, doenças cardíacas, doenças renais e mesmo o câncer, acometendo tanto os consumidores e, principalmente, os agricultores, que são os primeiros contaminados.

“No Brasil, o aumento do consumo de agrotóxicos é escandaloso e a presença de resíduos de substâncias nos alimentos é muito maior do que os limites máximos recomendados. O governo não fiscaliza adequadamente as quantidades de venenos utilizadas nas fazendas, e nem procura saber se foi respeitado o período mínimo entre a última aplicação e a colheita. Já recebemos denúncias de que produtores inescrupulosos lançam agrotóxicos perigosos nas lavouras na véspera das colheitas, e é claro que este veneno vai chegar à mesa das famílias brasileiras”, disse.

Na opinião do parlamentar mineiro, o descontrole é sentido pelo solo, pela água, e nas condições de saúde dos seres humanos e de insetos polinizadores, como as abelhas “indispensáveis à produção de alimentos na terra”. “Precisamos dar um basta à utilização de agrotóxicos e incentivar políticas publicas de incentivo à agroecologia, que respeita a coexistência de todos os seres vivos e o equilíbrio dos ecossistemas, com ganhos para a promoção da saúde humana e da terra”, concluiu

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